O Santos Laguna cobra R$ 34 milhões não pagos pela venda do zagueiro Félix Torres. O Talleres tenta receber uma quantia milionária pela negociação de Rodrigo Garro.
O Cuiabá se desespera para ter os R$ 18,5 milhões que ainda não foram pagos por Raniele.
O Corinthians não para de ser cobrado por outros clubes por calotes em contratações, e pode ser punido tanto na CBF quanto na Fifa por isso.
E tudo na melhor forma do “contrato, pago quando puder”, que está documentando nos balanços oficiais dos clubes.
Ao final de 2022, o Corinthians tinha um saldo de R$ 91,3 milhões a pagar por contratações (seja em valores para outros clubes ou para atletas que eram donos de seus direitos).
Em 2023, o valou caiu, chegando nos R$ 71,7 milhões.
Mas explodiu para R$ 203,3 milhões em 2024, o primeiro ano da gestão do hoje afastado presidente Augusto Melo.
Não sem motivos.
Segundo o balanço corintiano, Melo contratou jogadores que custaram R$ 222 milhões em 2024. Até o final do ano, só quitou o equivalente a 18,6% desse valor, ou R$ 41,4 milhões.
Veja a lista dos principais reforços de Augusto, com quanto cada um custou, quanto o clube pagou e quanto devia por eles em 31 de dezembro de 2024:
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Raniele, custou R$ 18,283 milhões, pagou R$ 3,099 milhões e devia R$ 15,184 milhões
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Garro, custou R$ 42,710 milhões, pagou R$ 8,256 milhões e devia R$ 34,454 milhões
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Felix Torres, custou R$ 38,959 milhões, pagou R$ 7,792 milhões e devia R$ 31,167 milhões
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Memphis, custou R$ 25,316 milhões, pagou R$ 4,403 milhões e devia R$ 20,913 milhões
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Pedro Raul, custou R$ 30,461 milhões, pagou R$ 5,679 milhões e devia R$ 24,782 milhões
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Matheuzinho, custou R$ 23,528 milhões, pagou R$ 4,386 milhões e devia R$ 19,142 milhões
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Alex Santana, custou R$ 2,659 milhões, pagou R$ 380 mil e devia R$ 2,279 milhões
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Martinez, custou R$ 10,530 milhões, pagou R$ 939 mil e devia R$ 9,591 milhões
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Charles, custou R$ 12,136 milhões, pagou R$ 1,124 milhão e devia R$ 11,012 milhões
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André Ramalho, custou R$ 2,734 milhões, pagou R$ 547 mil e devia R$ 2,187 milhões
Nem todo saldo que o Corinthians precisa pagar é de parcelas vencidas. Algumas delas estavam previstas a partir de janeiro de 2025.
Mas as cobranças de Cuiabá, Santos Laguna e Talleres mostram que os calotes continuam.
Para piorar, os atrasos geram multas e juros, o que faz a dívida corintiana subir de elevador.
