Tem muito torcedor e clube brasileiro que olha com certo desprezo para a CONMEBOL Sul-Americana, que oferece um prêmio de R$ 36 milhões e garanta vaga na fase de grupos da próxima Libertadores para seu campeão.
A “Sula” é tratada por muita gente como uma espécie de “Série B” do continente.
É óbvio que não existe comparação entre Sul-Americana e Libertadores.
Mas, em 2025, os clubes brasileiros não precisavam exagerar no papelão registrado até agora na Sul-Americana.
Corinthians, Cruzeiro e Vitória ficaram na primeira fase.
Nos playoffs classificatórios para as oitavas, Bahia, Vasco e Grêmio ficaram pelo caminho. O Atlético-MG passou apenas nos pênaltis.
Nos oito jogos envolvendo brasileiros nos playoffs, todos contra rivais estrangeiros, os times nacionais venceram só uma vez, marcando apenas três gols e sofrendo 11.
Dos 16 times das oitavas de final, serão apenas dois brasileiros (Atlético-MG e Fluminense).
A Argentina emplacou cinco representantes.
O Brasil vai ser menor até que o modesto, mas organizado, futebol do Equador nas oitavas.
O país andino emplacou Independiente del Valle (que despachou o Vasco), Universidad de Quito e Mushuc Runa.
Segundo a imprensa equatoriana, esses três times somados têm orçamento em 2025 de US$ 20 milhões, ou cerca de R$ 100 milhões.
Isso é algo como 25% do que gastam clubes como Bahia, Vasco ou Grêmio em uma temporada.
Tratar a Sul-Americana como uma grande Série B é um erro que ainda passa para os clubes brasileiros. Ter desempenho de Série C na competição é um vexame que não tem como explicar.