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OPINIÃO: Viva ao Fluminense, Palmeiras e futebol sem SAF

Para os torcedores de clubes que estão no fundo do poço, e são vários no Brasil, a esperança para dias melhores está na aparição de um bilionário para transformar o time em uma SAF.

Apostam que tudo será como o Botafogo, que passou a ganhar títulos com John Textor. Só que o sucesso do alvinegro, muito mais dentro de campo que fora dele, está longe de ser regra.

Sobram promessas de paraíso com grandes que se transformaram em SAFs, mas ele não chegou, e nem vai chegar, para a maioria.

Mas o que acontece no Mundial de Clubes é a prova que no futebol é possível sim brilhar e ser bem administrado sem a presença de um dono onipresente e/ou sem identificação alguma com um time.

Começando pelos representantes europeus nas quartas de final. O Real Madrid, maior clube do mundo, é de seus sócios. Bayern de Munique e Borussia Dortmund têm estruturas que deixam a maior parte de suas ações nas mãos de sócios e torcedores comuns.

Só que é no caso do Brasil que fica mais evidente que, mesmo com realidades diferentes, é possível se organizar, sobreviver e brilhar sem a necessidade de um mecenas.

Fluminense e Palmeiras jogam nesta sexta-feira em busca de uma vaga nas semifinais do Mundial na velha estrutura, sem SAF.

Os dois com realidades financeiras bem diferentes. O Palmeiras, que refuta qualquer chance de virar SAF, começou a se preparar há mais de dez anos para virar exemplo de administração. Com torcida maior, hoje é uma potência financeira que pode investir dezenas de milhões de euros para jogar uma competição como o Mundial.

O Fluminense, que dá passos para virar uma SAF, ainda está longe disso, mas nos últimos anos quase sempre é competitivo, briga com força para diminuir suas dívidas e fica longe de escândalos.

Seria um presente para todo o futebol brasileiro se Palmeiras e Fluminense fossem para as semifinais. Ambos ganharam ainda mais dinheiro de premiação.

E provariam que SAF não é, definitivamente, o único caminho para o futebol brasileiro.

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