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Oposição confronta Marina e cita elo com ONGs estrangeiras

Em audiência tensa na Comissão de Agricultura da Câmara nesta quarta-feira, 2, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi alvo de críticas de parlamentares da oposição, que a acusaram de priorizar interesses de ONGs internacionais em detrimento das demandas do setor produtivo e das regiões Norte e Centro-Oeste do país. 

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O embate evidenciou o desgaste entre a gestão ambiental do governo Lula e a bancada ruralista no Congresso. O deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) acusou a ministra de atuar de forma ideológica e alheia à realidade do campo.

“A senhora nunca trabalhou, nunca produziu”, declarou Evair de Melo. “Fala como se prosperidade fosse pecado. Seu discurso é afinado com ONGs de fora do Brasil.”

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Parlamentares também denunciaram o que chamaram de “interferência estrangeira” nas decisões ambientais estratégicas do país. A pavimentação da BR-319, que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), foi outro ponto de tensão. 

O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) cobrou uma resposta objetiva da ministra, após declarações anteriores dela minimizando a importância da obra. “Ministra, o povo do Amazonas quer saber: a senhora é contra ou a favor da BR-319?”, indagou. 

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Outros deputados reforçaram as críticas. Zé Trovão (PL-SC) chegou a chamar Marina de “vergonha como ministra” e afirmou que o país precisa de uma liderança ambiental conectada ao Brasil real, e não “guiada por interesses internacionais”. 

Diante das acusações, Marina defendeu sua gestão e atribuiu o aumento das queimadas em 2024 a eventos climáticos extremos, que, segundo ela, atingiram o mundo inteiro — e não apenas o Brasil.

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Marina atribui queimadas a “eventos climáticos”

Depois da audiência na, Marina Silva reconheceu o aumento das queimadas registrado em 2024, mas atribuiu o cenário aos extremos climáticos, que, segundo ela, vêm afetando diversos países. “É um fenômeno”, argumentou. “Pela primeira vez o desmatamento por incêndios é maior do que o desmatamento por corte raso. Isso nunca aconteceu.”

À imprensa, a ministra acrescentou que o problema exige uma resposta global e reiterou que o governo está atuando em duas frentes: fiscalização e incentivo à produção sustentável.

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“Foram destinados R$ 45 milhões para que os Estados fortaleçam os corpos de bombeiros e R$ 700 milhões aos municípios que mais desmatam, para que ajudem também nessa tarefa”, disse. Marina também destacou o trabalho integrado entre órgãos como Ibama, ICMBio, Polícia Federal, PRF e Funai.

Com a aproximação do período seco, Marina garantiu que o governo está trabalhando com dados da meteorologia para atuar de forma preventiva: “Graças à ciência, estamos nos antecipando”. 

“Mas ninguém pode ignorar o que aconteceu no Canadá, em Portugal ou até nos Estados Unidos”, citou. “Isso é efeito da mudança climática, não de má gestão.”

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