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Oposição denuncia ‘brutal onda de repressão’ na Venezuela

A líder da oposição na Venezuela, María Corina Machado, disse que, nas últimas 72 horas, o regime de Nicolás Maduro prendeu mais de 20 opositores. Ela descreveu a situação como uma “brutal onda de repressão” depois de eventos recentes envolvendo presos políticos e deportações.

“A Justiça internacional TEM A OBRIGAÇÃO de responsabilizar os perpetradores”, escreveu Corina Machado em uma publicação no X, nesta terça-feira, 22.

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Segundo o comunicado divulgado pela líder da oposição, a polícia do regime venezuelano prendeu opositores e fiscais eleitorais que atuaram na eleição presidencial de 28 de julho de 2024. A Plataforma Unitaria Democrática (PUD) considerou a reeleição de Maduro “fraudulenta”.

A escalada repressiva coincidiu com a libertação de dez cidadãos dos Estados Unidos e de um grupo de presos políticos, logo depois do envio de 252 migrantes da Venezuela para El Salvador.

Oposição acusa Maduro de usar estratégia chamada de “porta giratória”

Corina Machado e sua equipe acusam Nicolás Maduro de praticar a chamada “política da porta giratória”, soltando alguns detidos enquanto mantém outros atrás das grades, e afirmam que “a repressão não cessa, só se redistribui”.

Para a líder da oposição, as prisões continuam sendo uma “ferramenta de negociação política, em meio a uma diplomacia de reféns e punições seletivas”.

Leia também: “Soberania para roubar”, artigo de J.R. Guzzo publicado na Edição 278 da Revista Oeste

Em apelo à comunidade internacional, Corina Machado pediu medidas mais duras contra o regime venezuelano, ressaltando que “mais de 900 pessoas seguem presas e desaparecidas por razões políticas”.

Ela também cobrou que entidades de direitos humanos “intensifiquem suas ações para que o regime sinta o alto custo da repressão” e destacou a importância de “usar todos os instrumentos disponíveis contra um aparato repressivo que persegue, sequestra, desaparece e tortura sem hesitação”.

Divergências nos números e reações à liberação de presos

A oposição também contesta as informações divulgadas pelo regime venezuelano, afirmando que, embora autoridades tenham anunciado 80 liberações, somente uma mulher teria sido efetivamente solta até agora, sem registro de menores entre os beneficiados.

Já a ONG Foro Penal contabilizou 57 presos políticos liberados, sendo 48 venezuelanos e nove cidadãos ou residentes permanentes dos Estados Unidos.

A liberação em massa de presos políticos, confirmada pelo regime, na sexta-feira 18, resultou de um acordo com Estados Unidos e El Salvador.

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Em contrapartida, 252 migrantes deportados dos Estados Unidos foram transferidos para um presídio de segurança máxima em El Salvador, enquanto dez norte-americanos e outros detidos venezuelanos ganharam liberdade.

A sequência de solturas e novas prisões reforçou denúncias feitas por opositores ao chavismo sobre a persistência de ações repressivas no país.

Até o momento, as autoridades venezuelanas não se manifestaram sobre as acusações apresentadas pela oposição.


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