Senadores de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se manifestaram, nesta sexta-feira, 18, sobre o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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Durante uma coletiva de imprensa, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) afirmou que a perseguição contra o ex-presidente marcará a história do Brasil. Além disso, o parlamentar disse que o país está sofrendo um “abalo institucional”, em razão da censura, da violação do devido processo legal, das restrições às liberdades e das violações de prerrogativas de advogados.
Senadores acusam uso do aparato policial como instrumento de perseguição política
O senador Jorge Seif (PL-SC), por sua vez, afirmou que o inquérito contra Bolsonaro representa “uma escalada autoritária”. O parlamentar criticou o fato de o STF usar o aparato policial como forma de perseguição política. “Isso coloca a democracia em risco”, disse. “O silêncio jamais será uma opção diante da injustiça.”


Representantes da Câmara dos Deputados também se manifestaram sobre a operação da PF contra o ex-presidente. A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), por exemplo, lembrou que “corruptos confessos são soltos, enquanto inocentes, simplesmente por serem opositores, são calados, presos e perseguidos”.


“Bolsonaro não cometeu crime”, afirmou Bia Kicis. “O único crime que ele cometeu foi escolher ser opositor desse regime. As medidas cautelares contra o ex-presidente não se sustentam na lei.”
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro sofreu constrangimentos quando os agentes da PF entraram na casa do ex-presidente.
“Tamanho constrangimento que os policiais causaram ao entrar na casa de Michelle enquanto ela estava de pijama”, afirmou a senadora. “Da humilhação nasceu uma grande líder. Bolsonaro vai se calar. Mas uma nova líder está surgindo.”
O julgamento de Bolsonaro
Nesta sexta-feira, a 1ª Turma do STF formou maioria pela manutenção das medidas cautelares impostas a Bolsonaro. O julgamento ocorre em plenário virtual até a próxima segunda-feira, 21.


O processo tramita depois de Moraes autorizar mandados de busca e apreensão na casa do ex-presidente e na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília. As acusações envolvem críticas à Justiça e ataques à soberania nacional.
O inquérito foi instaurado depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, em resposta ao que classificou como perseguição política a Bolsonaro.