Lideranças do PL, da oposição, da minoria e do partido Novo convocaram uma reunião emergencial nesta sexta-feira, 18, para reagir ao avanço das decisões individuais do Supremo Tribunal Federal (STF).
O grupo denunciou o que considera uma ruptura institucional em curso e prometeu uma resposta articulada no Congresso.
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A reunião ocorreu em meio à repercussão da operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, deflagrada durante o chamado “recesso branco”.
Parlamentares classificaram o momento como “ameaça grave à democracia brasileira” e decidiram adotar medidas para conter a politização do Judiciário.
Entre as decisões imediatas, os deputados e senadores presentes aprovaram a convocação das comissões permanentes de Segurança Pública e de Relações Exteriores e Defesa Nacional.


Ambas são presididas por integrantes do PL. O objetivo é discutir os impactos institucionais das últimas decisões judiciais e propor ações legislativas de contenção.
A bancada também marcou para a próxima segunda-feira, 21, uma nova reunião ampliada. Nela, líderes vão debater estratégias conjuntas e alinhar discursos antes de uma coletiva de imprensa unificada.
Oposição exige reabertura do Congresso durante o recesso
Além das medidas legislativas, os parlamentares decidiram encaminhar um ofício ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).
No documento, solicitam o fim imediato do recesso e a convocação de uma reunião da Mesa Diretora. A proposta é permitir que o Congresso delibere, em caráter de urgência, sobre o desequilíbrio entre os Poderes da República.
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A coletiva de imprensa com representantes do PL, da oposição, da minoria e do partido Novo também ocorrerá na segunda-feira. Os líderes devem apresentar um diagnóstico do cenário político e reforçar o compromisso com a Constituição Federal e a separação entre os Poderes.