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Opositor venezuelano pede a Maduro que se afaste do cargo

Edmundo González, opositor venezuelano de Nicolás Maduro, pediu nesta segunda-feira, 19, ao ditador que se afaste do cargo para permitir uma transição de governo. O país vive uma crise pós-eleitoral depois da reeleição de Maduro, contestada pela oposição e também pela comunidade internacional.

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“Você [Maduro] e seu governo devem se colocar de lado e dar o passo já para começar uma transição em paz”, disse González em um vídeo divulgado na rede social X. “Estou disposto ao diálogo político para começar a definitiva transformação democrática de nossa nação”, acrescentou.

O opositor disse ainda que vai seguir firme e exigir o respeito à soberania popular manifestada nas eleições do dia 28 de julho.

Veja o vídeo que Edmundo González divulgou em suas redes sociais nesta segunda-feira:

Chamado à transição pacífica

“A cada dia que dificultam a transição democrática, os venezuelanos sofrem em um país em crise e sem liberdade. Agarrar-se ao poder apenas agrava o sofrimento do nosso povo”, disse González no vídeo.

O governo de Maduro culpa Machado, impedida de concorrer nas eleições de 28 de julho por inabilitação política, e González pelos atos de violência e tentativa de golpe de Estado. As autoridades abriram uma investigação penal contra ele por “instigação à rebelião”, entre outras acusações, depois de Maduro pedir a prisão de ambos, embora não existam ordens de captura.

Investigações e acusações

González não apareceu em público desde 30 de julho e está na clandestinidade com Maria, que participou de uma manifestação em Caracas no sábado 17.

Maduro afirmou que seu adversário nas últimas eleições está “preparando sua fuga da Venezuela”.

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Reeleição contestada pelo opositor de Maduro e alegações de fraude

Maduro foi declarado reeleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sob o comando do governo, com 52% dos votos para um terceiro mandato de seis anos, até 2031. A oposição, liderada por María Corina Machado, rejeita os resultados oficiais. O grupo político alega fraude e reivindica a vitória de González. Também afirma possuir cópias de mais de 80% das atas eleitorais que comprovam sua vitória.

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O CNE justifica a ausência de detalhes da apuração ao citar um “ataque ciberterrorista”, mas o Centro Carter e outros observadores descartam essa alegação. Após o anúncio oficial dos resultados, protestos eclodiram na Venezuela, resultando em 25 mortes e mais de 2,4 mil prisões.


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