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Oruam é classificado com ‘alta periculosidade’ pela polícia do Rio

O cantor Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, foi classificado com “alto grau de periculosidade” ao ingressar no sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A informação consta na guia de recolhimento emitida pela Polícia Civil do Estado.

A prisão foi formalizada na última terça-feira, 22, com tipificação como “prisão preventiva”. A guia acompanha uma fotografia recente do músico com cabelos vermelhos, em referência à facção criminosa Comando Vermelho (CV), e um casaco roxo.

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A classificação de “alto grau de periculosidade” segue os critérios definidos pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), que leva em conta fatores como reincidência, gravidade dos crimes, vínculos com organizações criminosas e comportamento processual do detento.

De acordo com informações divulgadas pela polícia, o cantor foi considerado “declaradamente associado ao CV”. Em nota, a instituição afirmou que Oruam “não se intimidou ao buscar refúgio na base da facção criminosa e insuflar simpatizantes e a própria quadrilha contra as forças de segurança”.

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A prisão preventiva de Oruam foi determinada depois de ele ter sido indiciado por crimes como tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato.

Segundo o relatório da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o artista teria arremessado pedras contra policiais durante uma operação que visava a captura de um foragido em sua residência, no bairro Joá, zona oeste da capital.

Ainda segundo a corporação, o rapper também teria ameaçado o delegado titular da DRE, Moyses Santana, durante a ação. Em vídeo divulgado antes de se apresentar, Oruam disse: “Só pedir desculpa mesmo, dizer que eu amo muito meus fãs”, declarou. “Vou dar volta por cima, tropa. Estou com Deus e tá tranquilão. Sou forte!”.

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O exame de corpo de delito foi acompanhado por seu advogado, Adalberto Santos Pereira. Nele, o preso negou ter sofrido agressões por parte dos policiais. Relatou apenas uma escoriação na mão, causada, segundo declarou, por uma queda enquanto fugia.

Nesta quarta-feira, 23, em audiência de custódia, a Justiça decidiu manter a prisão. O artista foi conduzido à Penitenciária Dr. Serrano Neves (Bangu 3A), no Complexo de Gericinó, unidade destinada a presos ligados ao CV. O local abriga nomes como My Thor, Choque, Léo Barrão e outros considerados chefes da facção.

O sistema penitenciário fluminense realiza a separação dos internos conforme a facção com a qual possuem vínculos, a fim de evitar confrontos entre grupos rivais. Entre os grupos reconhecidos, estão o CV, o Terceiro Comando Puro (TCP), os Amigos dos Amigos (ADA) e grupos de milicianos.

Leia também: “A ousadia do crime organizado”, reportagem de Edilson Salgueiro publicada na Edição 243 da Revista Oeste

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