Quando se trata de álbuns icônicos, o consenso popular eleva, por muitas vezes, certos discos a um status quase ”intocável”, de adoração. No entanto, nem sempre isso é um fator que reflete a real qualidade do disco.
Pensando nisso, uma equipe de jornalistas do The Independent decidiu criar uma lista dos álbuns mais superestimados da história da música. Esses críticos apontam que, em muitos casos, o hype em torno de alguns álbuns acontece por fatores como marketing, contexto histórico ou a reputação dos artistas, e não necessariamente pela musica em sí.
Abaixo, apresentamos os 10 primeiros colocados dessa lista, junto às justificativas dos críticos para suas escolhas.
1. Interpol – Turn on the Bright Lights
Este álbum de estreia da banda Interpol foi descrito pelos críticos como “um golpe nos ouvidos”. Apesar de seu status cult, as vocais de Paul Banks foram comparadas a “um bode com problemas de saúde”, o que, segundo os especialistas, torna o álbum irritante e superestimado.
2. Radiohead – Kid A
Apesar de ser considerado um marco na música alternativa, críticos apontam que Kid A é um álbum que, mesmo com seu impacto cultural, carece de melodias memoráveis. Para muitos, ele é valorizado mais pelo nome de quem o produziu, do que pelo seu conteúdo musical.
3. The Horrors – Primary Colours
Este álbum, elogiado como uma reinvenção, foi criticado por ser uma mera reciclagem de influências passadas, sem trazer nada realmente novo à mesa. Para os críticos, o hype em torno do álbum foi exagerado.
4. Captain Beefheart & His Magic Band – Trout Mask Replica
Um dos álbuns mais divisivos da lista, Trout Mask Replica é visto como um experimento extremo que raramente é apreciado por quem o escuta. Críticos questionam se sua posição em listas de melhores álbuns se deve mais à sua estranheza do que à qualidade.
5. Florence + The Machine – Lungs
O álbum de estreia de Florence Welch foi elogiado por seus singles, mas críticos apontam que, além das faixas principais, o álbum é dominado por vocais exagerados e falta de consistência.
6. Led Zeppelin – Led Zeppelin IV
Apesar de ser considerado um marco do rock, críticos argumentam que este álbum é inconsistente, com apenas algumas faixas realmente memoráveis. Para eles, seu status de “lenda” é exagerado.
7. Nirvana – In Utero
Críticos apontam que este álbum, apesar de conter hits como Heart-Shaped Box, foi prejudicado pela produção crua e pela falta de clareza em muitas das faixas, não justificando o hype em torno dele.
8. Coldplay – Parachutes
O álbum de estreia do Coldplay é visto por muitos como o único bom trabalho da banda, mas críticos destacam que, em comparação com suas produções posteriores, Parachutes é “bege” e carece de brilho.
9. Jeff Buckley – Grace
Enquanto a versão de Hallelujah de Buckley é amplamente elogiada, o restante do álbum é considerado pelos críticos como uma produção superestimada e ofuscada por esse único cover icônico.
10. The 1975 – A Brief Inquiry Into Online Relationships
Descrito como um álbum interessante, mas não um clássico, este trabalho da banda The 1975 foi criticado por ter recebido uma aclamação exagerada, sendo considerado um exemplo de supervalorização pela crítica musical.
A lista completa, com um total de 25 álbuns considerados superestimados, pode ser conferida no The Independent. Além dos dez mencionados, a publicação inclui outros clássicos que, segundo os críticos, não merecem o status que alcançaram na história da música. Segue:
11. Arctic Monkeys – Tranquility Base Hotel + Casino
12. Van Morrison – Astral Weeks
13. Boygenius – The Record
14. Sex Pistols – Never Mind the Bollocks, Here’s the Sex Pistols
15. Bruce Springsteen and the E Street Band – Letter to You
16. Taylor Swift – The Tortured Poets Department
17. U2 – Songs of Innocence
18. Self Esteem – Prioritise Pleasure
19. The White Stripes – Elephant
20. David Bowie – Low
21. Lorde – Pure Heroine
22. PJ Harvey – Let England Shake
23. Billie Eilish – When We All Fall Asleep, Where Do We Go?
24. The Beatles – Sgt Pepper’s Lonely Hearts Club Band
25. Madonna – Confessions on a Dance Floor