Thiago Manzoni – 21/05/2025 13h07

Taffarel, Jorginho (Cafu), Aldair, Márcio Santos e Branco; Dunga, Mauro Silva, Mazinho e Zinho; Bebeto e Romário. Dificilmente, um brasileiro com mais de 10 anos em 1994 vai esquecer esses 11.
O Brasil parou. Corações acelerados, olhos fixos na televisão. Por décadas, nós aguardamos o tetra…. Não era apenas futebol… Era arte, era paixão, era a redenção em 90 minutos. Desde o passe de Pelé para o capitão Carlos Alberto Torres, o brasileiro vestia a amarelinha como quem veste esperança. O tetra veio!
E depois, o penta. Os 11 titulares? Marcos, Cafu, Lúcio, Roque Júnior e Roberto Carlos; Edmilson, Gilberto Silva, Kleberson e Rivaldo; Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo Fenômeno.
Os tempos mudaram. Hoje, a Seleção já não empolga. Com seus passes burocráticos, futebol sem dribles e com um escrete sem alma, o grito de gol se perdeu entre a descrença e o tédio.
Tá ruim, eu sei. Mas sempre pode piorar.
Surgiram outros 11. Em outro campo e escalados sem apoio ou validação do povo, eles fazem o brasileiro assistir, impotente e atônito, sucessivas derrotas. Os uniformes não são verde e amarelo, tampouco jogam com chuteiras (ironicamente são capas pretas, numa espécie de luto pelo país). Eles jogam, mas nós perdemos. Os 11 mais conhecidos do momento têm linguajar impoluto (você não sabe o que é e nem eu) e canetas poderosíssimas.

Na arquibancada da vida, o brasileiro nada pode contra os 11. Não vale vaiar. Se xingar, dá processo. Se usar batom, vai preso. Reclamar pode, mas reclame baixo pra ninguém ouvir. O tempo em que os 11 importantes levantavam troféus acabou. Agora, eles tomam decisões que mudam o destino de milhões. Mandam prender e mandam soltar de acordo com o mais conveniente em cada momento específico. O jogo da vida no Brasil está complicado de ser jogado.
Numa partida recente, 5 dos 11 decidiram tornar sem efeito parte de uma decisão tomada pelos que foram escolhidos pelo povo brasileiro como seus representantes. Os cinco entendem que o pensamento deles deve prevalecer sobre o que decidiu o órgão que representa a vontade do povo: o plenário da Câmara Federal. Pode até parecer brincadeira, mas ainda tem quem fale em “democracia”.
É… Não tá fácil pro povo… Saudade do futebol. Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo; Clodoaldo, Gérson, Rivelino e Tostão; Jairzinho e Pelé. Os 11 do tri!
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Thiago Manzoni é deputado distrital, presidente da Comissão de Constituição e Justiça e Secretário-Geral do Partido Liberal/DF. |
* Este texto reflete a opinião do autor e não, necessariamente, a do Pleno.News.
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