Pela terceira vez desde que deixou a Alemanha, Erling Haaland reencontrará o Borussia Dortmund como jogador do Manchester City. No Etihad Stadium, o norueguês entra em ação pela fase de liga da Champions League, ao mesmo tempo que resgata algumas memórias do passado do período que teve a “Muralha Amarela” ao seu lado.
O camisa 9 se juntou ao City em junho de 2022, em negociação que rendeu 60 milhões de euros (R$ 324 milhões à época) aos cofres do clube alemão. Mas a sua contratação pelo clube inglês começou (muito) antes.
Assim como a maioria dos clubes de ponta da Europa, o City possui um qualificado time de olheiros. E que já acompanhavam a joia desde os 15 anos de idade, quando Haaland ainda estava no Bryne, na Noruega.
Em 2016, Haaland se transferiu para o Molde, um dos gigantes da Noruega, e por lá foi comandado por Ole Gunnar Solskjaer, que por muito pouco não voltaria a ser o seu treinador… no Manchester United.
Isso porque o atacante se destacou na Champions pelo RB Salzburg, atraindo o interesse de vários clubes do Velo Continente, entre eles os Red Devils – e a pedido do próprio Solskjaer.
Com o United em baixa, Mino Raiola, empresário de Haaland na época, tentou impor uma cláusula de rescisão automática em caso de qualquer proposta, o que foi rechaçado pelos ingleses. O Dortmund, porém, aceitou a condição e ficou o norueguês em 2019.
Não demorou para o atacante se destacar no futebol alemão. E foi quando por uma mera “coincidência”, o City enfim cumpriu a sua missão de levá-lo para a Inglaterra.
Enquanto Real Madrid e Bayern de Munique tinham interesse de fato em Haaland, o City ainda via Harry Kane, ainda no Tottenham, como primeira opção para substituir Sergio Agüero, que havia acabado de se transferir para o Barcelona.
Kane, porém, renovou com os Spurs, e então o City partiu para o seu “plano B”, que era exatamente o norueguês. E depois de chegar a um acordo com o jogador e seu estafe, exerceu a cláusula junto ao Dortmund e o levou para Manchester.
A sua contratação rendeu até mesmo uma piada nos bastidores com o arquirrival, já que o United pagou bem mais de 60 milhões de euros, por exemplo, pelo volante brasileiro Fred, atualmente no Fenerbahçe, e que já defendeu a seleção brasileira.
E Haaland caiu como uma luva no time de Pep Guardiola, preenchendo a importante lacuna de camisa 9 que o City tinha desde a saída de Kun Agüero. Desde então, o norueguês já soma inúmeros recordes, além de 141 gols em 159 jogos pelos ingleses – incluindo ainda 21 assistências.
Diante do Dortmund, o retrospecto também já é positivo, apesar de apenas dois jogos: o City não perdeu (uma vitória e um empate), e Haaland ainda anotou um gol.


