Em junho, a primeira-dama Janja da Silva participou de um evento de moda na capital da França. O encontro da mulher do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com estilistas em Paris chegou a cifras milionárias, estima o influenciador digital Arthur Schreiber.
Advogado, escritor e mestre em história política, Schreiber destaca, em vídeo divulgado em seu perfil no Instagram neste sábado, 9, que o governo brasileiro não revelou todos os custos da empreitada que Janja protagonizou há dois meses. Assim, coube a ele cruzar dados e informações para chegar a uma estimativa de valores — que ficaram na conta dos pagadores de impostos brasileiros.
O historiador e influencer afirma que o equivalente a R$ 150 mil foram gastos somente para a locação do espaço da cerimônia de moda. O evento com a primeira-dama do Brasil ocorreu no Café de l’Homme, estabelecimento que conta com vista para a Torre Eiffel.
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Além disso, pelas estimativas de Schreiber, os custos para a produção do desfile que teve Janja como espectadora foram de cerca de R$ 240 mil. De acordo com ele, esse valor leva em consideração montagem de passarela, estruturação da iluminação e serviço de som.
“Cinegrafia digna de semana da moda”, afirma o influenciador. “Bancada com verba pública enquanto escolas e hospitais enfrentam cortes.”
Ainda conforme as estimativas do mestre em história política, outros R$ 300 mil foram gastos com passagens aéreas e hospedagens dos estilistas que viajaram do Brasil para a França. Para isso, levou-se em consideração cinco diárias.
Gastronomia também entrou na conta de Janja em Paris
O evento de moda em Paris que contou com a participação de Janja também teve serviços gastronômicos. Nessa parte, o preço estimado foi de R$ 210 mil. Foram cerca de 150 convites.
“É quase R$ 1,4 mil por convidado para provar que o Brasil é criativo por natureza”, afirma Schreiber. Ele lembra que o cardápio teve a assinatura da chef brasileira Morena Leite.
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Há, por fim, o dinheiro gasto com segurança, maquiagem, estafe, cabeleireiros e marketing. Nesse sentido, a conta chega a mais R$ 450 mil.
Na soma total, os custos chegam a cerca de R$ 1,5 milhão. Por ora, o governo federal não se manifestou a respeito do levantamento.
“É a engrenagem perfeita que transforma um evento restrito em espetáculo midiático”, avalia Schreiber. “Sem prestar contas, claro, para quem paga a conta. O governo gasta, esconde e ainda chama de diplomacia cultural.”
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