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os números do ataque dos EUA ao Irã

Os Estados Unidos conduziram uma ofensiva militar de grandes proporções contra o Irã neste sábado, 21, direcionada a instalações nucleares estratégicas do país, em uma operação batizada de “Martelo da Meia-Noite”.

A ação envolveu o uso de aproximadamente 125 aeronaves, inclusive bombardeiros furtivos B-2, além de 75 armas guiadas com precisão. De acordo com o Pentágono, foi o primeiro emprego em combate das bombas penetradoras de alta potência, conhecidas como “fura-bunker”.

A operação foi detalhada neste domingo, 22, em entrevista coletiva pelo general Dan Caine. Segundo ele, os bombardeiros B-2 partiram da Base da Força Aérea de Whiteman, localizada no Missouri. Os mísseis Tomahawk foram lançados por um submarino, enquanto as 14 bombas penetradoras de concreto foram despejadas pelos B-2s sobre os alvos designados.

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Um dos elementos centrais da estratégia norte-americana foi uma manobra de distração. Um grupo de bombardeiros B-2 seguiu rumo oeste e teve seu trajeto amplamente divulgado por sistemas de rastreamento de voo.

O objetivo era atrair a atenção para esse movimento, como uma isca. Paralelamente, outro grupo de B-2s com as cargas reais avançava em direção leste e mantinha a surpresa sobre o verdadeiro eixo de ataque.

Segundo as autoridades militares, dezenas de aviões-tanque de reabastecimento em voo foram utilizados para garantir a extensão da missão, além de caças de quarta e quinta geração e um submarino de mísseis guiados. Caine afirmou que não houve resposta defensiva do Irã durante a execução dos ataques: “não havia sinal de fogo de retorno das defesas iranianas”.

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O secretário de Defesa, Pete Hegseth, enfatizou a complexidade e o preparo da operação. “Esse é um plano que exigiu meses e semanas de posicionamento e preparação, para que pudéssemos estar prontos quando o presidente dos EUA ligasse”, afirmou. Hegseth acrescentou que “foi necessária muita precisão”, pois envolveu “desvios de direção e a mais alta segurança operacional”.

Ao se pronunciar na noite de sábado, 21, o presidente Donald Trump declarou que “as principais instalações de enriquecimento nuclear do Irã foram completa e totalmente destruídas”. Durante o anúncio, reforçou que o objetivo dos ataques foi unicamente interromper o programa nuclear iraniano. “A missão não era, não tem sido, sobre mudança de regime”, reiterou Hegseth.

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acena durante o 36º aniversário da morte do líder da Revolução Islâmica do Irã de 1979, o aiatolá Ruhollah Khomeini, no santuário de Khomeini no sul de Teerã, Irã (4/6/2025) | Foto: Divulgação via Reuters/Gabinete do Líder Supremo Iraniano/WANA (West Asia News Agency)/Foto de arquivoO líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, acena durante o 36º aniversário da morte do líder da Revolução Islâmica do Irã de 1979, o aiatolá Ruhollah Khomeini, no santuário de Khomeini no sul de Teerã, Irã (4/6/2025) | Foto: Divulgação via Reuters/Gabinete do Líder Supremo Iraniano/WANA (West Asia News Agency)/Foto de arquivo
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei | Foto: Divulgação via Reuters/Gabinete do Líder Supremo Iraniano/WANA (West Asia News Agency)/Foto de arquivo

O secretário também destacou que os voos executados pelos bombardeiros B-2, nessa missão, foram os segundos mais longos da história operacional da aeronave. Apenas um deslocamento de 40 horas em outubro de 2001, durante o começo da guerra do Afeganistão, foi mais extenso.

Ainda não há uma estimativa precisa sobre a extensão dos danos causados, mas as autoridades afirmaram que “todos os três locais sofreram danos e destruição extremamente graves”, segundo Caine. Trump encerrou seu discurso com um alerta ao governo de Teerã: caso não haja disposição para um acordo, “futuros ataques serão muito maiores e muito mais fáceis”.

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