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Padrasto confessa envenenamento de jovem com chumbinho

O padrasto de Lucas da Silva Santos, jovem de 19 anos morto por envenenamento, confessou ter colocado chumbinho nos bolinhos de mandioca servidos à família. Em áudio divulgado pelo portal Metrópoles, Admilson Ferreira dos Santos afirmou que todos comeram os bolinhos, mas “Lucas foi o que mais sofreu”. A prisão dele ocorreu na quarta-feira 16.

Durante o interrogatório, Admilson contou que queria se suicidar e chegou a experimentar o alimento contaminado. Disse que misturou o veneno em um pote de creme de leite e passou nos bolinhos antes de servir. Ele ofereceu o alimento à mulher e aos enteados.

“Fui atrás de um potinho de creme de leite para os bolinhos”, relatou. “Coloquei o creme de leite, botei um pouco do chumbinho e coloquei na boca: cortou minha boca. Dei um pouco para o Lucas, um pouco para o Tiago e um pouco para ela [mulher dele].”

Admilson também admitiu ter pedido à mulher que comprasse o chumbinho em uma loja de Diadema, cidade vizinha a São Bernardo do Campo, onde a família mora. Segundo ele, o produto foi comprado por R$ 25. O comerciante que vendeu o raticida foi preso, confessou a venda do produto proibido, mas foi liberado depois de audiência de custódia.

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O velório de Lucas ocorreu nesta terça-feira, 22, em São Bernardo do Campo. Segundo a delegada Liliane Doretto, Admilson é o principal suspeito do homicídio e também de abusar sexualmente de dois irmãos da vítima. Os abusos teriam começado quando as crianças tinham 4 e 9 anos e duraram vários anos.

Homicídio qualificado

A polícia indicou três qualificadores para o crime: motivo torpe, uso de veneno e meio que dificultou a defesa da vítima. De acordo com a investigação, o que motivou o crime foi o ciúme que ele tinha da vítima. A delegada afirmou que Admilson não aceitava que Lucas quisesse sair de casa.

Lucas da SilvaLucas da Silva
Lucas da Silva foi vítima do padrasto | Foto: Reprodução/ Redes sociais

Ainda segundo a delegada, não há registros anteriores de denúncias sobre os abusos porque o suspeito exercia forte controle emocional sobre os familiares. Esse padrão de dominação também teria se repetido com Lucas.

Mensagens encontradas no celular do suspeito reforçam a hipótese de crime premeditado.

Tia confirma envio dos bolinhos, mas nega envenenamento

O envenenamento aconteceu na noite de 11 de julho. Lucas passou mal cerca de 30 minutos depois de comer os bolinhos enviados pela tia, Cláudia Pereira dos Santos, irmã de Admilson.

No início da investigação, houve suspeitas contra Claudia. Admilson e a mãe de Lucas disseram que tinham má relação com ela, o que foi negado por Cláudia à polícia. Ela confirmou que enviou cinco bolinhos, mas declarou que não colocou veneno.

Em entrevista coletiva, Cláudia disse que apenas atendeu ao pedido do irmão e que ama cozinhar por hobby. Afirmou ainda que a filha dela, de 9 anos, fez a entrega. “Ele [Admilson] me pediu os bolinhos”, disse. “Minha filha de 9 anos levou com todo amor e carinho, como sempre faço.”

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