O homem suspeito de matar o próprio filho, um bebê de dois meses, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, também é investigado por outros dois casos de violência contra crianças, segundo a Polícia Civil (PC-PR).
No sábado (19), a mãe da criança a encontrou morta com sinais de agressão. Ela precisou pular o muro da casa para pedir socorro. Segundo a Guarda Municipal, que atendeu a ocorrência, a mulher disse ter sido agredida pelo homem ao tentar ligar para Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), depois de ver a criança ferida. Relembre o caso abaixo.
Segundo o delegado da Polícia Civil (PC-PR) Luiz Gustavo Timossi, em 2021, um boletim de ocorrência foi registrado contra o suspeito depois de ele agredir o enteado, de dois meses de idade, que teve uma fratura no fêmur.
Além disso, ele também é suspeito de agredir uma criança de três anos com um tapa no rosto, em 2016.
Em janeiro deste ano, outro boletim de ocorrência foi registrado contra ele por agredir a esposa que estava grávida do menino que morreu no sábado.
“O homem tinha histórico em anos anteriores por agredir uma outra criança, de dois meses, no ano de 2021, quando acabou ocasionando uma fratura nesta criança que era seu enteado. E também uma ocorrência mais antiga que ele agrediu uma criança com um tapa no rosto”, afirmou o delegado.
O pai, que tem 37 anos, foi preso em flagrante por homicídio qualificado e lesão corporal no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher. O homem passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada.
Relembre o caso
De acordo com o relatório divulgado pela Guarda Municipal, a mãe do bebê chegou em casa do trabalho por volta das 23h de sexta-feira (18). O marido disse a ela que já tinha alimentado o filho do casal e que, por isso, ela não deveria acordar a criança.
Às 3h de sábado (19), a mulher acordou para amamentar e foi até o carrinho, momento em que percebeu que o menino estava com a pele fria e um ferimento no olho.
Ela, então, pediu o telefone do companheiro para ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi agredida. O homem é suspeito de esfaquear a perna da mulher.
Ainda conforme a GM, a mãe voltou para cama e fingiu estar desacordada até que o homem estivesse dormindo. Em seguida, pegou o filho nos braços, pulou o muro e foi até a base regional para buscar ajuda.
A equipe médica foi acionada pelos guardas, mas o bebê não tinha sinais vitais.
O delegado informou à RPC, afiliada da TV Globo no Paraná, que o menino tinha sinais de trauma na cabeça.
Segundo o relatório, o homem foi encontrado e preso em flagrante pelos guardas dentro do quarto da casa. Depois de dizer que não sabia o que tinha acontecido, ele falou que o bebê havia engasgado às 18h de sexta-feira e que não chamou o socorro médico por “não saber o que relatar”.
O pai passou por audiência de custódia e teve prisão preventiva decretada.
Em nota enviado ao g1, a polícia afirmou que solicitou exames periciais para verificar a causa da morte do bebê. O caso é investigado.
Fonte: g1