“Melhor exibição de uma equipe minha por 90 minutos ou mais, foi quase perfeita”.

Renato Paiva ainda se encanta com a exibição do Botafogo na histórica vitória sobre o PSG por 1 a 0 pelo Mundial de Clubes, mas o treinador sabe que não há definido no grupo B.

Nesta segunda-feira, o Alvinegro enfrenta o Atlético de Madrid pela última rodada e precisa de uma nova vitória ou empate para avançar na liderança. Se perder por até dois gols de diferença, irá à próxima fase.

O treinador elogiou a equipe colchonera, em especial Diego Simeone, com quem fez estágio ainda em 2014.

“Aprendi muita coisa boa, como é óbvio, senão não seria um dos melhores técnicos do mundo. Tem uma carreira brilhante, deixou de ser jogador e acordou treinador no Racing. Mostrou capacidade na Itália, ajudou no seu DNA como técnico. Fiquei 12 dias em La Masia com Pep (Guardiola) e no Barcelona, depois fui a Madri quase uma semana, é um trabalho de grandissima qualidade, metódico”, contou.

“Me lembro de um episódio em que ele tinha um trabalho de posicionamento defensivo, e um lateral estava posicionado um metro fora do lugar. Ele parou o treino e disse que 1m faz toda diferença num jogo de futebol”.

Essa versão “metódica” do técnico argentino faz com que Renato Paiva esteja ciente do tamanho do desafio de tentar vencer outro europeu no Rose Bowl.

“Não é uma montanha de 1m, é muito maior. Tem que fazer os somatórios dos jogadores do Atlético, que joga em LALIGA, um trabalho de um grande treinador de mais de dez anos, e estar em LALIGA te deixa com uma exigência muito alta, assim como o Brasileirão. Somando o individual com o coletivo mais a capacidade do treinador e o peso do Atlético, imagina o tamanho da montanha”, elencou.

“Vamos ver se seremos capazes de escalá-la como foi contra o PSG, é desses jogos que a minha equipe gosta. Temos que ser a melhor versão do Botafogo para competir com o Atlético de Madrid”.

O treinador, porém, garantiu que o Fogão não jogará com a vantagem “embaixo do braço” diante do Atleti.

“Uma coisa vou te garantir: não vamos jogar em cima da vantagem. Quando não tivermos bola, vamos defender; quando tivemos bola, tentar propor, controlar a bola e o adversário, que também tem suas armas. Tendo que ir buscar um resultado de três gols, imagina como vão sair os jogadores do Atlético e como o treinador vai motivá-los. 100% de respeito, mas zero medo. Vamos competir e jogar”, definiu Paiva.

“Nossa vitória será sempre atuar como nós mesmos. Vai nos levar para um jogo diferente ao que foi PSG”, garantiu o técnico.

“Me surpreenderia se o Atlético controlasse a bola de forma tão trabalhada como o PSG. O Atlético tem com a bola suas formas de chegar, mais prático, há muitas dinâmicas, diferentes das do PSG, mas creio que não tem a paciência, e não é uma crítica. Isso te leva a defender de uma forma diferente. Tem a ver com os jogadores também e seu técnico: 14 anos é uma eternidade de tempo”.

Onde assistir ao Mundial de Clubes?

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