Um levantamento realizado entre os dias 26 e 28 mostra que 59% dos brasileiros preferem que o Brasil tenha laços comerciais com os Estados Unidos, e 32% com a China. Apenas 9% não souberam responder, aponta PoderData.

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O estudo investigou qual parceiro comercial seria mais vantajoso para o Brasil, considerando o contexto político em que as relações com os EUA se mantêm instáveis desde o início do governo Donald Trump. O presidente brasileiro e Trump divergem politicamente, o que contribui para o distanciamento entre os países.

Em contraste com a frieza nas relações com os EUA, a parceria do Brasil com a China tem se intensificado

Donald Trump mantém relação próxima com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e adotou medidas como a taxação de produtos brasileiros. Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou Trump em diversas ocasiões e declarou, em novembro de 2024, apoio à candidatura de Kamala Harris nas eleições presidenciais dos EUA.

Em contraste com a frieza nas relações com os EUA, a parceria com a China tem se intensificado. Desde janeiro de 2023, Lula visitou o país asiático duas vezes e também recebeu o presidente chinês no Palácio da Alvorada, reforçando os laços bilaterais.

A coleta de dados do PoderData envolveu 2,5 mil entrevistas em 182 municípios espalhados pelas 27 unidades da Federação, utilizando chamadas telefônicas para linhas fixas e celulares. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais e o intervalo de confiança é de 95%.

Para garantir representatividade, a empresa realizou dezenas de milhares de ligações, chegando a mais de cem mil tentativas, até formar uma amostra proporcional aos grupos demográficos da sociedade, como sexo, idade, renda, escolaridade e localização.

Os resultados foram também estratificados por características como sexo, idade, região, escolaridade e renda. Ao cruzar as respostas com o voto declarado em 2022, o PoderData identificou que tanto eleitores de Lula (58%) quanto de Bolsonaro (61%) preferem laços comerciais mais próximos com os EUA.

A pesquisa aplicou ponderação paramétrica para equilibrar eventuais desproporções nas variáveis analisadas. As entrevistas foram feitas via sistema URA, permitindo que os participantes respondessem por teclado depois de ouvir perguntas gravadas. O estudo garante um intervalo de confiança de 95%.