O mercado brasileiro de soja registrou uma semana de negócios reduzidos e dificuldade na formação de preços. Segundo a consultoria Safras & Mercado, os contratos futuros em Chicago apresentaram oscilações limitadas devido à paralisação do governo americano, enquanto a alta do dólar trouxe algum suporte às cotações domésticas.
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No mercado físico, os preços de soja registraram movimentos mistos:
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 129,00 para R$ 132,00
- Cascavel (PR): subiu de R$ 131,00 para R$ 135,00
- Rondonópolis (MT): manteve em R$ 125,00
- Porto de Paranaguá (PR): subiu de R$ 135,00 para R$ 137,50
Soja em Chicago
Em Chicago, os contratos de novembro fecharam a US$ 10,13 3/4 por bushel, com desvalorização de 0,42% na semana. A paralisação do governo impediu a divulgação de dados fundamentais, como o levantamento de condições das lavouras do USDA e o relatório de oferta e demanda (Wasde), deixando os operadores “no escuro”. O clima favorável nos EUA, porém, ajudou a reduzir pressões adicionais sobre as cotações.
Exportações
As exportações brasileiras de soja devem alcançar 111 milhões de toneladas em 2026, contra 107 milhões estimadas para 2025, segundo a consultoria Safras & Mercado. O analista Rafael Silveira explica que o ritmo firme dos line-ups e a ocupação da janela de exportações americana, em meio às tensões comerciais com a China, sustentam o desempenho do setor.
A projeção de esmagamento também foi ajustada, passando de 58 milhões de toneladas em 2025 para 59 milhões em 2026. A consultoria não prevê importações para o próximo ano, mantendo a entrada estimada de 800 mil toneladas apenas em 2025.
Apesar das incertezas, os estoques de passagem devem permanecer em níveis confortáveis, refletindo o bom desempenho da safra e a firme demanda global.