A vitória do Flamengo por 3 a 2 sobre o Palmeiras, no último domingo (19), pelo Brasileirão, foi marcada por enorme tensão pré-jogo.
A “guerra de bastidores” entre as diretorias dos clubes nos dias prévios à partida, com trocas de farpas principalmente relacionadas à arbitragem, fez com que o tempo fechasse no Maracanã.
No gramado, foi possível ver que a animosidade entre as equipes se refletiu no comportamento dos jogadores dos dois times, que evitaram qualquer tipo de “resenha” ou cumprimento mais caloroso.
O clima era de “luta de boxe”, com cada equipe aquecendo do seu lado e pouquíssimas risadas e cumprimentos entre os rivais – mesmo com vários atletas sendo amigos e também dividindo empresários.
Com tudo o que aconteceu na partida, a hostilidade pós-jogo também foi inevitável.
Depois do apito final, apenas Felipe Anderson e Alex Sandro, que se conhecem desde os tempos de Santos, trocaram algumas palavras mais amistosas.
O zagueiro Danilo, outro veterano, também tentou cumprimentar os rivais alviverdes, mas era evidente que o ambiente era de “poucos amigos”.
Vale lembrar que, no campo, também houve vários momentos mais acalorados, com embates como Pulgar x Andreas Pereira, Léo Pereira x Vitor Roque e Luiz Araújo x Vitor Roque, com empurra-empurra e trocas de xingamentos dos dois lados.
O entendimento interno nos clubes é que a tensão criada nos últimos dias se refletiu também no comportamento dos atletas, com a rivalidade ficando mais aflorada – ainda mais porque a tendência é que Fla e Verdão briguem pela taça do Brasileiro ponto a ponto até a rodada final.
Até por isso, também aconteceram poucas trocas de camisas entre os jogadores no gramado e nos vestiários do Maracanã.
Sem encontros de dirigentes
O campo do Maracanã também não teve encontros entre dirigentes dos dois clubes.
Diferentemente do que ocorre em muitas partidas, quando presidentes e diretores de futebol costumam “resenhar” e trocar presentes na beira do gramado, a cena ficou longe de acontecer antes ou depois de Flamengo x Palmeiras.
Do lado rubro-negro, o presidente Luiz Eduardo Baptista e o diretor de futebol José Boto marcaram presença.
Boto ficou no campo durante todo o tempo do aquecimento dos atletas, enquanto Bap “sentiu o clima” do estádio por cerca de 10 minutos, se encaminhando posteriormente ao camarote da alta cúpula rubro-negra.
Já os alviverdes, que não tiveram a presidente Leila Pereira, foram representados pelo vice Paulo Buosi, que foi direto do vestiário para as tribunas do estádio
Nem mesmo a presença do ex-presidente Maurício Galiotte, conhecido por seu perfil apaziguador e político, conseguiu diminuir a rusga entre as cúpulas dos times.
O ex-mandatário, que segue tendo influência nos bastidores palestrinos, viajou com a delegação para o Rio de Janeiro, mas não conseguiu atuar para reaproximar as partes na capital carioca.