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Parlamentar ofende Kataguiri e dá início à confusão na Câmara

O debate sobre o projeto que altera as regras do licenciamento ambiental terminou em tumulto nesta quinta-feira, 17. Durante a madrugada, parlamentares protagonizaram uma confusão no plenário da Câmara, forçando o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) a chamar, por três vezes, a Polícia Legislativa para conter os ânimos exaltados.

A crise começou por volta das 2h30, quando a deputada Célia Xakriabá (Psol-MG) foi alvo de um comentário do deputado Kim Kataguiri (União-SP), que a chamou de “cosplay de pavão”.

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Contudo, a provocação foi uma resposta à fala da parlamentar, que o havia rotulado como “deputado estrangeiro e reborn”, além de questionar sua legitimidade para opinar sobre questões indígenas.

O bate-boca ganhou o apoio de outros deputados. Rodolfo Nogueira (PL-MS), sem mencionar diretamente Xakriabá, ironizou o uso de penas de pavão na confecção de cocares, insinuando que o cocar usado pela parlamentar violaria normas ambientais.

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Ao microfone, ela respondeu que o povo fulni-ô considera o adorno um objeto sagrado. A deputada ainda argumentou que recolhe as penas depois de as aves perderem naturalmente essa plumagem.

“Isso é um racismo televisionado”, disse Xakriabá. “Certamente eu tomarei medidas necessárias.”

A confusão prosseguiu fora dos microfones, com gritos e empurra-empurra registrados pela TV Câmara. Foi nesse momento que Motta determinou a entrada da Polícia Legislativa.

Parlamentar sofre ferimento durante tumulto, e colegas reagem à saída de Xakriabá

O deputado Coronel Meira (PL-PE) declarou que foi ferido na mão com uma caneta enquanto tentava conter a colega. Segundo ele, o ferimento aconteceu durante a tentativa de apartar a discussão. Em seguida, Célia Xakriabá deixou o plenário e foi amparada por outras deputadas.

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Erika Kokay (PT-DF) afirmou que a colega sofreu humilhação em plenário, mas negou que houvesse intenção de agressão. Talíria Petrone (Psol-RJ) também se manifestou: “Não vamos tolerar nenhuma forma de silenciamento, ataque à ancestralidade e violência política de gênero”.

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