Depois que a Polícia Federal realizou buscas na casa e no escritório de Jair Bolsonaro, aliados do ex-presidente intensificaram movimentos para organizar manifestações em apoio a ele. A operação, ocorrida nesta sexta-feira, 18, teve autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também impôs restrições ao liberal, entre elas, o uso de tornozeleira eletrônica.
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A alta cúpula do Partido Liberal (PL) decidiu que vai discutir os detalhes do protesto em uma reunião prevista para a próxima segunda-feira, 21. Apesar disso, integrantes da legenda já defendem que apoiadores de Bolsonaro saiam novamente às ruas. O objetivo é retomar mobilizações que já vinham ocorrendo em defesa dos acusados de tentar realizar um golpe de Estado no Brasil, depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Mobilização nas redes e posicionamento do PL sobre Bolsonaro


O deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) utilizou a rede social X para convocar os simpatizantes do ex-presidente para manifestações. Ele é líder do PL na Câmara dos Deputados. No mesmo sentido, o diretório nacional da sigla publicou comunicado no Instagram em que reforçou a necessidade de reação diante da operação policial contra Bolsonaro.
No texto, o PL declarou que “é hora de a sociedade brasileira se posicionar com coragem”. “O povo deve voltar às ruas, de forma pacífica e ordeira, para exigir respeito à Constituição, à liberdade e à democracia”, afirmou o partido.
Até o momento, não foi definida a data nem o local do ato que está sendo articulado pelos apoiadores do ex-presidente. Jair Bolsonaro é réu em ação penal no STF, inserido no núcleo central da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A Justiça brasileira também investiga se o ex-presidente atentou contra a soberania nacional no caso das tarifas dos Estados Unidos.
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