O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofreu mais uma derrota na Câmara dos Deputados. Com votação expressiva, os parlamentares aprovaram o requerimento de urgência para análise da proposta que susta os efeitos do decreto que aumentou as tarifas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Além disso, 65% dos votos a favor da urgência partiram de partidos que ocupam ministérios do governo Lula. A informação é de um levantamento do jornal O Globo, divulgado nesta terça-feira, 17.
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Durante a sessão da segunda-feira 16, o requerimento de urgência para o Projeto de Decreto Legislativo PDL 314/25, do líder da oposição, deputado Zucco (PL-RS), recebeu 346 voto favoréis.
Partidos aliados do governo deram 225 votos a favor da urgência
Ao todo, 444 parlamentares participaram da votação; 97 votaram contra a urgência.
O União Brasil, que ocupa três ministérios no governo, deu 55 votos a favor da urgência. Em seguida, o PSD, que também ocupa três pastas, deu 40 votos. O Republicanos, partido que ocupa uma pasta, deu 39 votos.
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O MDB deu 34 votos a favor da urgência; o partido tem três ministérios no governo. O PDT, sigla com duas pastas, deu 14 votos. O PP deu 39 votos e o PSB, 4 votos. Os partidos têm, respectivamente, um e três ministérios.
Ao todo, os partidos aliados do governo deram 225 votos a favor da urgência para derrubar o decreto do IOF. A votação foi considerada pela oposição como uma vitória histórica.


Oposição quer frear sanha arrecadatória do governo
De acordo com ao deputado Zucco, a aprovação do requerimento de urgência é um primeiro passo para frear o “plano do PT de avançar sobre a renda da população e dos setores produtivos, numa tentativa desesperada de aumentar a arrecadação a qualquer custo — sem cortar um centavo sequer dos gastos públicos”.
“Desde o início do governo Lula, já foram criados ou majorados cerca de 25 tributos — uma
média absurda de quase um novo imposto por mês”, disse o deputado. “O governo Lula visa a arrecadar em cima de tudo. Desde o combustível à energia, dos investimentos às compras pela internet, das heranças às aplicações financeiras.”