O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi incluído no inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos quanto ao comportamento de algumas autoridades brasileiras. A informação é da GloboNews. Conforme a emissora, os crimes são coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa, bem como tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Malafaia organizou atos de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro no dia 3 de agosto. Na ocasião, o liberal participou remotamente de algumas manifestações, que assim foram parar nas redes sociais de terceiros. O episódio motivou a prisão domiciliar do ex-presidente, sob a ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Para Malafaia, Moraes deveria ser alvo de impeachment
Em vídeo nas redes sociais, Malafaia voltou a afirmar que Moraes, dessa forma, deveria ser alvo de impeachment, assim como julgamento e prisão. O pastor contestou a investigação. “Isso é o nível a que chegou o Estado Democrático de Direito. Não falo inglês. Não tenho nenhuma comunicação com americanos. A Polícia Federal virou polícia de Alexandre de Moraes?”
Do mesmo modo, ele negou principalmente a tentativa de atrapalhar processos contra Bolsonaro. “Obstrução em quê? Porque fiz uma manifestação para denunciar crimes de quem tinha que zelar pela Constituição?”. Malafaia publicou um novo vídeo em que se diz alvo sobretudo de perseguição. “Escolheram o cara errado. Eu não tenho medo. A Polícia Federal virou a Gestapo do nazismo? Virou KGB da União Soviética? Isso aqui está caminhando para a venezuelização, onde o cidadão não pode criticar autoridades. Onde está isso na Constituição?”.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, defendeu Malafaia em publicação no Twitter/X. “Enquanto criminosos de verdade estão soltos, Alexandre de Moraes segue gastando tempo e dinheiro público para intimidar quem ousa discordar do sistema”. A exemplo do irmão, o deputado Eduardo Bolsonaro se manifestou: “Qual crime teria o pastor cometido? Convidou os brasileiros a se manifestarem pacificamente nas ruas. O Brasil já virou uma Venezuela”.
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