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Paul McCartney desafina e arrisca português em primeiro show em SP

O horário no ingresso marcava o início do show às 20h, na terça-feira (16), mas a pontualidade britânica de Paul McCartney, 82, parece ter esperado o público entrar e encher o Allianz Parque, em São Paulo. Isso porque, às 20h, vários assentos ainda estavam vazios para o primeiro show da turnê “Got Back“. A apresentação só começou às 20h30 e acabou às 23h06 – ou seja, teve quase três horas de duração. 

Apesar de nenhum setor ter esgotado completamente – pois ainda tinha entradas inteiras disponíveis -, Paul McCartney estreou a passagem brasileira da turnê com a animação que só um ex-Beatle tem depois de fazer musica há mais de 60 anos. A música de abertura escolhida foi o clássico “A Hard Day’s Night”, de 1964.

Com várias visitas ao Brasil e chegando em sua 11ª passagem pelo país, deu para perceber a felicidade do músico em voltar. Paul arriscou o português em vários momentos do show, soltando frases como “e aí, São Paulo?” e “o pai tá on”.

Voltando aos hits, McCartney tocou outras faixas de sucesso, como “Feel Like Lettin’ Go”. Durante a apresentação, ele desafinou em uma nota aguda, mas todo mundo fez vista grossa. Afinal, é o Paul McCartney.

O público pareceu enlouquecer mesmo com as clássicas, como “Let It Roll It”, faixa de 1973 do Paul com seu grupo Wings.

Um dos pontos altos do show, inclusive, foi quando ele tocou “Blackbird” em cima de uma plataforma na qual passava imagens de um pássaro preto. Outro destaque foi para a música também clássica beatlemaníaca “Ob-La-Di, Ob-La-Da”, na qual o publico todo cantou junto do começo ao fim. Ambas foram lançadas em 1968, a primeira década de sucesso dos Beatles – a banda estreou em 1963. 

A plateia pareceu se animar mais do meio para a reta final da noite. Uma salva de palmas longa e ininterrupta começou após apresentação de “Live and Let Die”, “Let It Be” e um show de fogos de artifício. De novo, Paul voltou a desafinar em algumas partes mais agudas das canções. 

Já o hit “Hey Jude” animou ainda mais o público. A plateia fez o coro do clássico refrão “oh, na na na na” várias e várias vezes, enquanto Paul se divertia no palco com reação do público da música de 1968, que foi escrito para Julian, filho de John Lennon, após o divórcio do pai com Cynthia Powell.

Homenagens para John Lennon, George Harrison, Jimmy Hendrix e a esposa

Ainda sobre essa viagem no tempo, Paul McCartney homenageou vários amigos e pessoas próximas no primeiro show no Brasil. Um deles foi o músico e guitarrista Jimmy Hendrix. No relato, McCartney disse ter conhecido o guitarrista em Londres, na Inglaterra, nos anos 1960. Porém, quando tocou um riff de guitarra para prestar o tributo, ele e o outro guitarrista erraram a nota.

“Ops, a gente errou!”, disse o ex-Beatle antes de recomeçar. Mais uma vez, o público ignorou o deslize e até riu um pouco. 

As homenagens continuaram: foi a vez de prestar tributo à esposa Nancy Shevell. Sentado em um piano, tocou “My Valentine” e disse, em português: “Escrevi essa musica para minha esposa, Nancy, que está aqui hoje”. Ao fundo, o telão exibiu o clipe da canção, com os atores Natalie Portman e Johnny Depp.

Paul fez mais uma homenagem e tocou “Here Today”, desta vez para seu colega de trabalho e ex-Beatle, John Lennon, assassinado em 1980.

Já a música “Something” foi dedicada ao George Harrison, guitarrista dos Beatles e compositor da canção do disco “Abbey Road”, de 1969. 

Agora, Paul McCartney segue para mais um show em São Paulo, nesta quarta-feira (16). Depois, ele passa por Florianópolis para finalizar a parte brasileira da turnê “Got Back”.

Paul McCartney já fez 36 shows no Brasil; primeiro foi em 1990

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