Vocalista e guitarrista reforça que a agora aposentada banda foi encerrada “da forma como a conhecemos”, mas não se opõe a evento único celebrativo
A turnê de despedida do Kiss, End of the Road, foi encerrada em dezembro de 2023. Embora a banda tenha realizado uma excursão de mesmo tom no início do século, desta vez a aposentadoria deve ser mesmo respeitada em função da idade avançada dos músicos — os líderes Paul Stanley e Gene Simmons já têm mais de 70 anos.
Isso não quer dizer, contudo, que o grupo nunca mais suba ao palco para uma ocasião especial e isolada. Em entrevista ao Daily Times, Stanley disse que não se opõe a essa ideia de um evento único, seja no cruzeiro da banda, Kiss Kruise, ou em alguma circunstância mais informal.
Ele declarou:
Tudo é possível. O Kiss está tão longe de acabar, embora o Kiss como o conhecemos tenha acabado. Mas ter nossas mãos, nossas ideias e nossos dedos no que o Kiss continua faz todo o sentido do mundo. Então, estou ansioso pelo que vier a seguir sem saber o que vem a seguir. Mas estou aberto a tudo.”
O comentário sobre a continuidade do Kiss em outro formato tem relação com a próxima iniciativa da banda: um show com avatares. O projeto está em desenvolvimento com a Pophouse Entertainment, empresa responsável pelo espetáculo Abba Voyage.
Todavia, não espere conferir os avatares em breve. Os músicos adiantaram que a estreia não deve acontecer antes de 2027.
Kiss encerrado para turnês
Fato é que, enquanto artista de turnês, o Kiss realmente acabou de acordo com seus integrantes. Em entrevista de 2023 ao Yahoo, Paul Stanley reforçou que a banda não irá mais excursionar.
Eu realmente não posso dizer se faremos algum show isolado. Mas [em dezembro de 2023] é o último de qualquer tipo de show regular ou turnê.”
O músico destacou que só estava se retirando dos palcos em função da idade e da exigência de subir no palco usando o figurino típico do Kiss, que envolve itens pesados para o corpo e saltos altíssimos. Ele diz
É só o tempo. E da mesma forma, consome tempo. Fisicamente, é exaustivo fazer o que fazemos. Caramba, se eu pudesse subir no palco de jeans e camiseta, daria para nós por mais 10, 15 anos facilmente. Mas o que fazemos é um esporte totalmente diferente. Corremos pelo palco com 15 a 20 kg de equipamento. Não somos como outras bandas. Faremos algum show único? Não tenho ideia, mas os dias de turnê e desses tipos de shows acabaram.”
+++LEIA MAIS: O músico que Paul Stanley define como o “Beethoven da guitarra”