Se depois da estreia no Mundial de Clubes, contra o Porto, neste domingo (15), às 19h (de Brasília), Abel Ferreira quiser se sentir na sua Portugal natal basta pegar um carro e dirigir por 19 minutos. Assista no Disney+ com transmissão ao vivo da Cazé TV e sem custo adicional.
Este é o tempo estimado para se deslocar do MetLife Stadium, palco da arrancada palmeirense na competição, até o Sport Clube Português.
O clube, que promove festas portuguesas, seria um ponto de partida para Abel conhecer um pedaço de Portugal encravado a poucos quilômetros de Nova York.
Em Newark, vivem mais de 13 mil portugueses e seus descendentes. Quase 2% da população.
Eles são muito mais visíveis no bairro de Ironbound, justamente onde fica o Sport Clube Português.
São dezenas de restaurantes portugueses. Muitos deles na Ferry Street, que também é chamada de Portugal Street, até com direito a placas
Mas não é só comida que faria Abel respirar Portugal em Ironbound.
O bairro também batiza um time de futebol de todas categorias que disputa ligas por todo Estados Unidos: o Ironbound FC.
Na última quinta-feira, a ESPN foi até um dos treinos de uma equipe de base do clube, a pouco mais de um quilômetro da estação de trem central de Newark, uma cidade decadente com altos índices de violência.
Na beira do gramado, cinco técnicos, dirigentes e jogadores do clube, todos portugueses ou com ascendência do país europeu, responderam perguntas sobre o trabalho de Abel no Palmeiras.
Sobraram elogios para o trabalho do “conterrâneo” no Brasil.
“Ele tem um profissionalismo máximo. O trabalho dele fala por si. É um orgulho para Portugal”, diz Nick Lavrador, comandante dos treinadores do Ironbound FC.
Todos foram unânimes em apontar que Abel está pronto para assumir um clube grande de seu país.
“Porto e Benfica precisam de treinadores como Abel Ferreira. Já o Sporting já tem o Rui Borges, que faz bom trabalho”, diz Ricardo Oliveira, capitão do time principal do Ironbound FC.
Sérgio Nobre, um dos técnicos dos times de base do clube, até brinca e lembra do time de coração. “Se ele quiser vir para o Porto, eu pago a passagem dele.”
Os portugueses que trabalham com futebol em Newark também foram unânimes em outra pergunta: se fossem presidentes de um clube, quem escolheriam entre Abel Ferreira e Jorge Jesus?
Todos não hesitaram em apontar o palmeirense como melhor opção.
“Já tive Jorge Jesus no meu time de coração. Deu muitas alegrias, muitas tristezas. Mas prefiro Abel”, diz o capitão Ricardo Oliveira.
“Pergunta difícil, mas escolheria Abel. Mais novo, ideias modernas, jogo moderno”, aponta o diretor Lavrador.
Mas os elogios para Abel não fazem os portugueses de Newark torcerem por ele na partida contra o Porto, apontado como grande favorito para o duelo no Mundial – houve, porém, quem veja o Palmeiras com condições de vencer. “Não quero que eles ganhem. Sou do Porto. Mas neste momento o Palmeiras é melhor”, ponderou Lavrador.
