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Pedidos de recuperação judicial no agro sobem 21,5% no 1º trimestre

Os pedidos de recuperação judicial no agronegócio brasileiro totalizaram 389 solicitações no primeiro trimestre de 2025, alta de 21,5% sobre o último trimestre de 2024 e de 22,6% ante o mesmo período do ano anterior, segundo dados divulgados nesta terça-feira (15) pela Serasa Experian.

O avanço ocorre no mesmo período em que a inadimplência entre produtores rurais pessoa física atingiu 7,9%, conforme levantamento da mesma empresa divulgado no início do mês. O número de RJs inclui produtores rurais pessoa física (195), pessoa jurídica (113) e empresas relacionadas ao setor (81).

Os produtores pessoa física representaram a maior parcela das solicitações, com crescimento de 39,2% na comparação trimestral e de 83,9% sobre o primeiro trimestre de 2024. O perfil também espelha o comportamento da inadimplência no setor, onde grandes proprietários registram os maiores índices tanto de atraso em pagamentos quanto de pedidos de recuperação judicial.

“A alta nos pedidos de recuperação judicial reflete um momento financeiro mais desafiador influenciado por oscilações nos preços das commodities e por uma oferta de crédito mais criteriosa”, afirmou em nota o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

Ele destaca que muitos produtores enfrentam custos altos, prazos longos para receber, maior exigência de garantias e dificuldades na rolagem de dívidas, fatores que pressionam o caixa e reduzem as margens para manobras.

Recuperação judicial

A recuperação judicial é um mecanismo que permite a uma empresa negociar suas dívidas com os credores para evitar a falência. Durante o processo, a empresa fica protegida por 180 dias contra execuções judiciais, período conhecido como “stay period”.

Pimenta relativizou os números absolutos das RJs. “No entanto, é fundamental considerar que o número absoluto de solicitações segue sutil frente ao universo de cerca de 1,4 milhão de produtores que tomaram crédito rural no país nos últimos dois anos”, disse.

“Os dados que analisamos auxiliam o mercado a compreender melhor os riscos para garantir decisões mais seguras.”

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