Um pedreiro identificado como Ricardo Henrique de Oliveira dos Santos, de 25 anos, natural do estado de Alagoas, foi morto com oito tiros nas costas enquanto trabalhava em uma obra, em Londrina, no Norte do Paraná. Um casal suspeito de cometer o crime foi preso no Litoral de Santa Catarina.

Os suspeitos Matheus Cerdeira e a esposa Thalita Cristina de Campos foram presos no balneário Barra do Sul, em Santa Catarina, mais de duas semanas depois do crime. “A gente fez contato com a Delegacia de Homicídio de Joinvile e conseguiram localizar o endereço dos suspeitos”, explicou o delegado da Polícia Civil do Paraná, Miguel Chibani.

Pedreiro morto a tiros queria voltar para Alagoas

Ricardo era de Alagoas e se mudou para o Paraná em 2020 com o objetivo de trabalhar como pedreiro. Nos últimos áudios enviados à família, a vítima relatava o desejo de visitá-los após arrecadar uma quantia de dinheiro. O pedreiro deixa dois filhos de três e seis anos.

“Vou trabalhar, juntar um dinheiro para eu poder ir para Alagoas, passar um tempo, estou muito tempo longe de você e da minha mãe. Vou passar um tempo lá e voltar para cá construir minha casinha, se Deus quiser”.

A irmã do pedreiro, Rikely Silva dos Santos revelou à Ric RECORD Londrina como a família recebeu a notícia da morte de Ricardo. “A gente estava em casa e meu irmão mais novo chegou e disse para mim ‘acho que está acontecendo alguma coisa com o Ricardo lá onde ele está porque ligaram para mim várias vezes’. Depois de um tempo, nós fomos ver as mensagens e tinha uma dizendo que ele tinha morrido”, disse abalada.

Traslado do corpo

O corpo de Ricardo foi levado à Alagoas após a família criar uma vaquinha virtual para conseguir arrecadar R$ 9,5 mil.

Rikely afirmou que a família agora se encontra mais aliviada com a prisão do casal, mas ainda sim querem justiça.
Investigações sobre o caso

As investigações apontam Matheus como autor dos disparos. No dia do crime, Thalita esperou o marido em uma motocicleta para fugirem.

Segundo o delegado, o Matheus se valia da conta corrente da vítima para fazer transações financeiras. “Por algum motivo a vítima impediu que ele tivesse acesso aios valores que estavam creditados nesta conta. Então, essa discussão já estava travada algum tempo e como não houve a devolução do valor ele efetuou os disparos”.

Fonte: g1