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Pesquisadores investigam contaminação por mercúrio na bacia do rio Madeira

Pesquisadores da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) estão conduzindo expedições para investigar a presença de mercúrio na bacia do rio Madeira, motivados pela preocupação com a contaminação causada pela mineração ilegal de ouro na região.

O estudo busca analisar os níveis de poluição, os impactos ambientais e os efeitos na fauna local, com atenção especial aos peixes e à vida aquática.

Durante 12 dias, a equipe de química aplicada à tecnologia realizou a terceira expedição de 2025, considerada uma das maiores iniciativas de monitoramento ambiental do mundo.

Na última viagem, composta por oito profissionais, foram percorridos mais de 1.780 km do rio, com coleta de dados em 54 pontos que incluem cidades como Humaitá, Novo Aripuanã, Manicoré, Borba, Nova Olinda do Norte e a vila de Urucurituba, próxima à foz do Rio Madeira.

O diferencial do estudo é o monitoramento de múltiplos compartimentos ambientais: água, sedimento e peixes, permitindo correlacionar dados e identificar os pontos mais críticos de contaminação.

Monitoramento e causas da contaminação

A exploração do ouro na região, que utiliza mercúrio para separar o metal precioso do solo e das rochas, é apontada como a principal causa da contaminação.

O projeto prevê monitoramento contínuo, intercalando períodos de seca e cheia, para analisar se variáveis hidrológicas e meteorológicas influenciam na movimentação do mercúrio no rio. Estudos preliminares indicam concentrações mais elevadas em áreas de maior exploração de ouro e garimpos ilegais.

Substância altamente tóxica

Uma vez liberado no ambiente, o mercúrio se transforma em metilmercúrio, uma substância altamente tóxica que se acumula na cadeia alimentar, podendo afetar a saúde humana ao longo do tempo.

De acordo com a equipe de pesquisadores, o ser humano está no topo da cadeia alimentar. Quando um peixe pequeno contaminado é consumido por um peixe maior, o mercúrio se concentra ao longo da cadeia até atingir os humanos. Conforme o nível de contaminação, isso pode causar impactos na saúde da população a curto, médio ou longo prazo.

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