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PF prende criminoso que atuava no Aeroporto de Guarulhos

A Polícia Federal prendeu Renato Machado, de 30 anos, acusado de chefiar um esquema que enviava cocaína para a Europa por meio da troca de etiquetas de bagagem no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A prisão aconteceu na terça-feira 22, em uma cobertura na cidade de Guarulhos, e foi revelada pelo Fantástico, da TV Globo, no domingo 27.

A defesa de Machado afirmou que as acusações são baseadas em suposições sem provas e que irá tomar as medidas judiciais cabíveis. O Estadão tentou contato com os advogados, mas não obteve resposta.

Esquema no Aeroporto de Guarulhos foi investigado por dois anos

Renato Machado, apontado como líder do esquema criminoso no Aeroporto de Guarulhos | Foto: Reprodução/TV GloboRenato Machado, apontado como líder do esquema criminoso no Aeroporto de Guarulhos | Foto: Reprodução/TV Globo
Renato Machado, apontado como líder do esquema criminoso no Aeroporto de Guarulhos | Foto: Reprodução/TV Globo

A PF investigou o caso por dois anos. Apesar de não haver funcionários do aeroporto entre os líderes, o grupo tinha influência sobre escalas e logística dos voos.

O delegado Felipe Lavareda explicou que Renato não era ex-funcionário, mas organizava quem estaria de plantão nos voos que transportariam a droga. Ele coordenava tudo de longe, às vezes aparecendo apenas para pagar ou dar carona, mas sem tocar na cocaína.

Com esse padrão, a polícia conseguiu mapear a estrutura da quadrilha, que era compartimentada: os executores não sabiam quem eram os chefes, apenas recebiam ordens intermediadas.

Brasileiras foram presas por engano na Alemanha

Em março de 2023, as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, de Goiânia, foram presas por engano na Alemanha depois de terem as malas trocadas pela quadrilha. Ficaram 38 dias detidas e alegaram desde o início que as bagagens não eram delas.

Na mesma época, parte do grupo foi desmantelada. Um mês depois, a PF prendeu Pedro

Venâncio, funcionário do aeroporto, flagrado trocando etiquetas. Ele confessou que receberia R$ 10 mil pelo serviço. A defesa tenta reduzir a pena, alegando que a confissão foi ignorada na sentença.

O esquema também foi usado para enviar cocaína à França e a Portugal — um dos envios ocorreu em outubro de 2022. Mensagens atribuídas a Renato Machado revelam ameaças e linguagem violenta. A PF apura ligação com o PCC.

O caso ganhou repercussão depois de autoridades alemãs apreenderem duas malas com 20 kg de cocaína em nome das brasileiras. Imagens da PF mostraram a troca das etiquetas durante escala em Guarulhos. No dia anterior, outra passageira teve a etiqueta substituída e embarcou para Paris sem ser presa.

Vídeos exibidos pelo Fantástico mostram dois funcionários trocando discretamente as etiquetas de Kátyna e Jeanne em área monitorada. Também aparecem duas mulheres deixando malas no guichê e saindo sem embarcar. Segundo a PF, as bagagens continham 40 kg de cocaína e foram trocadas pelas das brasileiras.

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