O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, defendeu a prisão domiciliar para a fisioterapeuta Geissimara de Deus, 28, condenada a 14 anos de cadeia pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude do 8 de janeiro.
Emitido na sexta-feira 15, o parecer do PGR considera a situação psicológica delicada da mulher, que já teve pensamentos suicidas, conforme a defesa.
“O laudo subscrito pelo médico perito psiquiatra Leandro de Carvalho Araújo relatou que a sentenciada apresenta quadro clínico atual compatível com transtorno de estresse pós-traumático, episódio depressivo grave”, observou Gonet. “Afirmou também que, diante da saúde clínica comprometida da apenada, o ‘ambiente carcerário tem grande potencial para manter o adoecimento, além de agravá-lo, perpetuando assim o comprometimento do estado de saúde mental e clínico da periciada, podendo causar dano irreversível’. Consignou que, devido ao estado de saúde mental atual da periciada, a sua permanência em ambiente carcerário é incompatível e não é indicada, ainda que ela esteja recebendo medicações antidepressivas e ansiolíticas.”
Gonet admitiu ainda que a unidade prisional onde a mulher se encontra, em Goiânia (GO), não tem condições de cuidar de sua situação.
Condenada pelo 8 de janeiro tem problemas gástricos


A PGR informou, laudo do exame físico, que a fisioterapeuta tem sintomas gástricos associados devido às questões psiquiátricas, “já que estaria desde a prisão sem fazer uso de medicação específica, sendo apontada a compatibilidade da situação com o cumprimento da pena no cárcere”.
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