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PGR pede manutenção da prisão de Marcelo Câmara

O chefe da Procuradoria-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, defendeu no Supremo Tribunal Federal (STF) a continuidade da prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara. Ex-assessor de Jair Bolsonaro, ele é acusado de tentar interferir em delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.

O pedido de liberdade feito pela defesa de Câmara foi contestado pelo chefe do Ministério Público, com base em novas evidências apresentadas ao STF.

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Marcelo Câmara está preso desde o mês passado, depois de seu advogado, Eduardo Kuntz, relatar ao Supremo ter mantido conversas com Mauro Cid, em busca de informações sobre a delação. Nos diálogos, registrados em capturas de tela, Kuntz pediu a Cid que não mencionasse Câmara em depoimentos e sugeriu que ele mudasse de advogado.

PGR pede manutenção da prisão de Marcelo Câmara, acusado de interferir na delação de CidPGR pede manutenção da prisão de Marcelo Câmara, acusado de interferir na delação de Cid
O coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro | Foto: reprodução redes sociais

Kuntz chegou a oferecer seus próprios serviços. Entre as mensagens enviadas ao perfil atribuído a Mauro Cid, estão frases como: “Poxa…pede para ele falar sobre o Câmara…vc sabe que ele não fez nada de errado” e “Aquela história da Professora… o Câmara falou que se você disser que Professora é a Madre Tereza, ele passou a informação errada”.

Para Gonet, esses registros sugerem que Marcelo Câmara sabia das conversas entre seu advogado e Mauro Cid, além de usar esse conteúdo como argumento em sua defesa. O procurador-geral entende que os fatos apresentados demonstram riscos reais para a investigação e aplicação da lei penal, o que justifica a manutenção da prisão preventiva.

Eduardo Kuntz, advogado de Marcelo Câmara | Foto: Reprodução/YouTube/CNNEduardo Kuntz, advogado de Marcelo Câmara | Foto: Reprodução/YouTube/CNN
Eduardo Kuntz, advogado de Marcelo Câmara | Foto: Reprodução/YouTube/CNN

Além da PGR, PF investiga suposta interferência

A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o episódio. Segundo Gonet, “a pretensão do agravante de adquirir dados afetos a acordo de colaboração premiada então protegidos por sigilo evidenciam o concreto risco à conveniência da instrução criminal e à aplicação da lei penal”.

Marcelo Câmara já havia sido preso entre janeiro e maio do ano passado, quando a Polícia Federal identificou monitoramento do ministro Alexandre de Moraes por parte do coronel. Depois de ser solto mediante medidas cautelares, Câmara voltou à prisão devido aos novos fatos trazidos por sua própria defesa.

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