O ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, Paulo Pimenta, se manifestou no seu Twitter/X sobre o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais 36 pessoas, por suposta tentativa de golpe de Estado pela Polícia Federal (PF).
Em um vídeo, Pimenta fala sobre o indiciamento de Bolsonaro, sem citá-lo nominalmente. Fala que é preciso “esperar a manifestação do Ministério Público Federal” — órgão responsável por oferecer a denúncia —, mas prevê uma data para julgamento.
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“Em um segundo momento, com certeza em 2025, elas serão levadas a julgamento”, afirmou. “Aquelas que forem condenadas, existem provas, depois de todo processo legal e do direito de defesa, mas que seja comprovada a participação dessas pessoas nos crimes que estão sendo acusados.”
O ministro da Secom ainda destacou que espera que os indiciados pela Polícia Federal “sejam condenados e paguem” pelo que chamou de “crimes muito grandes” e “acusações muito sérias”.
Pimenta diz que Bolsonaro estava “no comando da organização criminosa”
Ainda durante seu pronunciamento, Paulo Pimenta disse ter recebido com “absoluta perplexidade e indignação as informações que foram reveladas pelo inquérito, onde encontramos o próprio ex-presidente da República no topo da cadeia de comando da organização criminosa”.
O ministro afirmou que “generais, coronéis, servidores públicos do governo federal” que integravam o “núcleo da campanha do governo Bolsonaro” estavam “tramando contra a democracia, uma audácia quase que inacreditável, sem qualquer tipo de limite, ao ponto de tramarem contra a própria vida do presidente Lula, presidente Geraldo Alckmin e [ex] presidente do Tribunal Superior Eleitoral Alexandre de Moraes”.
Bolsonaro se pronuncia sobre indiciamento
O presidente de honra do PL, Jair Bolsonaro, se pronunciou sobre seu indiciamento pela Polícia Federal. Em entrevista ao portal Metrópoles, disse que o ministro Alexandre de Moraes “faz tudo o que não diz a lei”.
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa”, afirmou. “Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar.”
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No seu perfil oficial no Twitter/X, o ex-presidente explicou que o uso da palavra “criatividade” é uma “alusão a uma mensagem de Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes, a Eduardo Tagliaferro, então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral”.
Bolsonaro chegou a citar a Oeste no seu posicionamento: “‘Use a sua criatividade rsrsrs’, escreveu Vieira ao responder a Tagliaferro sobre a dificuldade de formalizar uma denúncia contra a Revista Oeste.”