O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou um pedido para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o uso de recursos públicos no financiamento de influenciadores digitais que apoiam a gestão federal. O texto pede a investigação de uma suposta rede estruturada para promover temas de interesse do governo Lula nas redes sociais.
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Conforme o requerimento do parlamentar, haveria uma “estrutura paralela de comunicação” coordenada por órgãos do governo federal e empresas privadas contratadas, com o objetivo de aumentar a circulação de conteúdo político-partidário, possivelmente com verba pública. O documento aponta o envolvimento da Secretaria de Comunicação Social, ministérios e bancos públicos como possíveis fontes do financiamento.
Gayer menciona indícios de que agências de publicidade e influenciadores digitais estariam recebendo dinheiro para impulsionar conteúdos favoráveis ao governo, inclusive campanhas partidárias, por meio de ações organizadas e estratégias baseadas em métricas. A solicitação de abertura da CPI surge depois do lançamento da plataforma “Influenciadores com Lula”, divulgada pelo PT em 2 de julho, durante evento online.
PT organiza funções de influenciadores
A página criada para essa iniciativa pede informações pessoais dos interessados, como nome, e-mail, WhatsApp, cidade, Estado e redes sociais. O formulário questiona de que maneira o influenciador pretende colaborar. As opções são compartilhar conteúdo, criar material, representar o grupo localmente, organizar eventos e liderar equipes regionais.


No Congresso, o governo Lula enfrenta obstáculos para avançar a proposta de taxação de bilionários, bancos e casas de apostas, medida que pretende compensar a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. A expectativa é que o tema seja debatido na Câmara e no Senado no segundo semestre.