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PM pede remoção de barraca de Helio Lopes em frente ao STF

A Polícia Militar do Distrito Federal solicitou, nesta sexta-feira, 25, a retirada da barraca montada pelo deputado federal Helio Lopes (PL-RJ) em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar, que realiza um protesto silencioso no local, recusou-se a cumprir a ordem policial e permanece acampado na Praça dos Três Poderes.

Segundo informações da própria corporação, a estrutura será removida com o apoio do DF Legal, órgão responsável pela fiscalização urbanística. Uma policial informou que a ação se baseia na proibição do uso de estruturas metálicas na Esplanada dos Ministérios.

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A barraca de Helio foi montada logo pela manhã e atraiu a atenção de policiais e apoiadores. Sua presença no local é acompanhada por cerca de seis agentes da Polícia Militar. Enquanto isso, apoiadores se aproximam para cumprimentá-lo, oferecer orações e entregar alimentos.

Em publicação nas redes sociais, o deputado declarou: “Estou em uma manifestação pacífica, em silêncio e jejum de palavras”, disse. “Não estou aqui para confrontar, provocar ou encorajar ninguém. Estou aqui por convicção, como cidadão e deputado federal.”

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Protesto silencioso de Helio incomoda a PM

Em protesto silencioso, Helio permanece sentado ao lado de uma barraca com um esparadrapo na boca, com uma Bíblia e uma cópia da Constituição nos braços. A ação foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais por ele e seus aliados, com a mensagem de que não se trata de busca por atenção, mas de um protesto simbólico em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A manifestação incluiu a publicação de uma carta aberta em que o deputado afirma estar resistindo “nem que seja com silêncio”, em referência às medidas judiciais contra Bolsonaro. Ele declarou estar ali “pelos filhos que ainda não nasceram” e pelo “Brasil que não pode mais aceitar ser governado pelo medo”.

O ato ocorre no contexto de uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que impôs medidas cautelares ao ex-presidente, o que restringe sua atuação em redes sociais e dificulta sua liberdade de expressão.

Juristas como André Marsiglia classificaram a decisão como “censura indireta”, com efeitos inibidores sobre o exercício de direitos fundamentais. A crítica central é que Bolsonaro pode falar, mas corre risco jurídico se terceiros reproduzirem suas falas — o que, para especialistas, inverte a lógica do ordenamento jurídico.

Leia também: “Nada me ocorre sobre Alexandre de Moraes”, artigo de Flávio Gordon publicado na Edição 233 da Revista Oeste


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