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PMB Paraná abre processo contra vereadora Marisleidy; entenda

O Partido da Mulher Brasileira (PMB), por meio de sua direção estadual, anunciou nessa terça-feira (5), a intervenção no diretório municipal de Ponta Grossa, após declarações públicas da vereadora Enfermeira Marisleidy durante a sessão da Câmara Municipal (CMPG), na quarta-feira (30). A parlamentar, que integra oficialmente a base aliada da prefeita Elizabeth Silveira Schmidt (União), teria se posicionado de maneira contrária às orientações da legenda, motivando a abertura de um processo administrativo – a vereadora se diz “surpresa” com o anúncio do processo.

A comissão interventora foi formalmente registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com vigência de 4 de agosto a 31 de dezembro de 2025. O presidente estadual do PMB, Danilo D’Ávila, nomeou o secretário-geral da legenda no Paraná, Marcelo Borges de Sampaio, como presidente interventor responsável pela apuração dos fatos.

“É nossa obrigação zelar pela coerência ética e programática do partido. A postura da vereadora, além de contradizer orientações previamente definidas, pode configurar infração ao Estatuto Nacional do PMB, o que demanda investigação rigorosa”, afirmou ao Portal aRede.

ENTENDA – A polêmica começou após a exoneração de servidores comissionados pela Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), ligados a gabinetes de vereadores que teriam ido contra o projeto do Executivo sobre o valor venal dos terrenos urbanos – proposta apresentada a pedido do Tribunal de Contas do Paraná (TCE/PR), devido a uma defasagem de quase 50 anos.

Entre os parlamentares que se posicionaram contra a proposta está a vereadora Marisleidy, filiada ao PMB, e que, até então, integrava formalmente a base governista. O voto contrário teria sido considerado uma quebra de acordo político e programático, em desacordo com a linha definida pela legenda em nível municipal e estadual.

A direção estadual do partido destaca que a conduta da vereadora será avaliada à luz do Estatuto Nacional do PMB, que prevê punições para atos que envolvam infidelidade partidária, desobediência às diretrizes da bancada, e comportamento que possa denegrir a imagem do partido.

Dentre os dispositivos citados no documento enviado ao diretório municipal de Ponta Grossa, estão:

– Art. 10, VIII – Votar conforme as diretrizes partidárias;

– Art. 11, III – Desobedecer deliberações da bancada legislativa;

– Art. 11, IX – Denegrir a imagem do Partido;

– Art. 17, V – Votar contra os interesses ou determinações do Partido.

PRÓXIMOS PASSOS – O interventor estadual terá até o final de 2025 para concluir o relatório que será enviado ao Conselho de Ética e Disciplina do partido. Caso as infrações sejam confirmadas, poderá ser aberto processo formal por infidelidade partidária e quebra de decoro, o que pode inclusive resultar na expulsão da vereadora e pedido de cassação de mandato, conforme determina a legislação eleitoral.

A comissão interventora passa a responder pelo diretório municipal e está registrada sob protocolo TSE nº 544196163865, com sede administrativa em Curitiba, no endereço: rua Visconde de Nácar, nº 03 – Centro. O e-mail oficial da comissão é 35pmbpr@gmail.com e o contato de WhatsApp é (41) 9 9238-5362.

POSICIONAMENTO – Em nota, o PMB Paraná declarou. “O fortalecimento do nosso partido depende da coerência entre discurso e prática. A omissão ou permissividade diante de infrações claras enfraquece a legenda e compromete o projeto político coletivo. A intervenção é um instrumento legítimo previsto no estatuto e será conduzida com responsabilidade, legalidade e respeito à ampla defesa”.

OUTRO LADO – O Portal aRede conversou com a vereadora do PMB, que se disse “surpresa” com a abertura do processo. Além disso, afirmou que o documento “nem chegou em minhas mãos”. Por fim, disse que se manifestará oficialmente durante a Sessão Ordinária do Poder Legislativo, nesta quarta-feira (6).

A equipe de Jornalismo do Portal aRede segue acompanhando o caso.

Com informações: Assessoria de Imprensa.


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