Gustavo Costas, técnico do Racing, lembrou da disparidade de orçamento entre seu clube e o Flamengo, rival de seu time argentino na semifinal da CONMEBOL Libertadores.

“É difícil. O técnico deles ganha muito mais do que eu, os jogadores do Flamengo também, e jogaram na Europa”, disse Costas.

Realmente existe um abismo no orçamento dos dois clubes.

Para 2025, o time brasileiro estima receitas de até R$ 1,7 bilhão, ou praticamente quatro vezes que o Racing estima faturar na temporada 2025/26: US$ 86 milhões, R$ 463 milhões pelo câmbio atual.

O clube argentino projeta um déficit na temporada, já que estima despesas de US$ 88 milhões.

E como o clube fatura e gasta?

Na linha das principais despesas, o Racing vai gastar em um ano com salários de seus jogadores menos que o Flamengo investiu para contratar Samuel Lino.

A folha salarial dos atletas na temporada está em US$ 19,4 milhões, ou R$ 104 milhões. A comissão técnica custa outros R$ 17,7 milhões.

O investimento em atletas será de R$ 71 milhões. As categorias de base custarão R$ 19,7 milhões.

O Racing também detalha suas principais fontes de receitas para a temporada 2025/26.

A principal é com venda de atletas, com um faturamento previsto de R$ 121 milhões (sempre pelo câmbio atual). A segunda fonte de receita vem das mensalidades dos quase 90 mil sócios: (R$ 88,7 milhões).

Com patrocínios, o Racing espera receber R$ 51,3 milhões. Bem mais que com direitos de TV: R$ 28 milhões.

Apesar de números modestos comparados com o Flamengo, o Racing tem a educação como prioridade em seu orçamento.

Desde 1961 o clube mantém um colégio que atende centenas de crianças e adolescentes, da pré-escola até o ensino médio.

E aumentou seu investimento neste ano, gastando quase R$ 6 milhões para a compra de um novo prédio para o colégio.

Mas não é só isso.

“Educação não é só comprar um prédio, é melhorar os salários dos professores, a condição dos alunos”, disse Diego Cifarelli, tesoureiro do Racing, na apresentação do orçamento para a temporada.