A Polícia Civil do Paraná acredita que mais pacientes possam ter sido vítimas de abuso sexual cometido por técnico de enfermagem em unidades de saúde em Curitiba. O caso foi revelado pela Polícia Civil nesta quarta-feira (30). O homem de 25 anos foi demitido e já está preso. As informações até o momento dão conta de que el teria abusado de, pelo menos, quatro pacientes.
Segundo a Polícia Civil, vídeos dos abusos estavam armazenados no celular do técnico. As gravações, feitas pelo próprio autor, foram descobertas por uma pessoa com a qual ele mantinha um relacionamento.
Em respeito às vítimas, a CBN Curitiba optou por não divulgar as gravações. Em um dos vídeos, o técnico de enfermagem abusa sexualmente de um paciente deitado em uma maca hospitalar, como explicou a delegada da Polícia Civil, Aline Manzatto.
Na casa do autor, a polícia apreendeu medicações como fentanil, quetamina e morfina, que costumam provocar efeitos sedativos. Segundo as investigações, o técnico havia subtraído os medicamentos dos locais em que trabalhava. Por conta disso, ele foi autuado em flagrante por furto.
O celular do profissional de saúde também foi apreendido e será encaminhado à perícia a fim de verificar a existência de outros registros dos crimes praticados. Além disso, equipes da polícia devem ouvir pessoas com quem o técnico trabalhava. A suspeita é de que mais pessoas possam ter sido vítimas de abuso.
Além disso, as equipes da polícia identificaram que o homem é portador do vírus HIV e que tinha ciência disso desde o ano de 2019. Ele também deve responder pelo crime de perigo de contágio de moléstia grave.
Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (30), a Secretaria Municipal de Saúde condenou os abusos sexuais praticados pelo técnico de enfermagem. A secretária, Beatriz Battistella, disse que todo o apoio necessário será prestado às vítimas dos abusos.
Ela também defendeu que novas ações sejam implementadas nos processos seletivos dos profissionais.
Segundo a Polícia Civil, a pena máxima pelos crimes cometidos pode chegar até 70 anos para o autor do crime.