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Polícia do Rio desmonta app de mototáxis do Comando Vermelho

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta sexta-feira, 8, a Operação Rota das Sombras, com o objetivo de desarticular um esquema de transporte clandestino controlado pela facção Comando Vermelho na comunidade da Vila Kennedy, Zona Oeste da capital.

Segundo as investigações, ao menos 300 mototaxistas foram coagidos a instalar e utilizar um aplicativo criado pela organização criminosa para monopolizar o serviço de transporte na região e financiar o tráfico de drogas.

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De acordo com a polícia, a plataforma funcionava com aparência legal, semelhante a aplicativos populares de mobilidade urbana, mas era integralmente controlada por integrantes do Comando Vermelho.

Estima-se que o sistema gerasse até R$ 1 milhão por mês, com lucros revertidos ao chefe local do tráfico. Empresas de fachada eram usadas para mascarar as transações financeiras e conferir legalidade aparente ao negócio.

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Como funcionava o app clandestino do Comando Vermelho

O funcionamento do esquema era dividido em dois núcleos. O primeiro tinha como função coagir e controlar os mototaxistas, bem como impedir a circulação de plataformas reconhecidas como Uber e 99. O segundo núcleo ficava responsável pelo recebimento e gestão dos valores arrecadados, que “eram integralmente revertidos ao chefe do tráfico local”, segundo a corporação.

Durante a ação, foram cumpridos sete mandados de prisão temporária e 12 de busca e apreensão em imóveis e estabelecimentos comerciais de fachada, localizados na Zona Oeste, no município de Niterói e no interior do Estado. Quatro pessoas foram presas, de acordo com a polícia.

Comando Vermelho já havia feito este tipo de ameaça em outras regiões | Foto: Reprodução/redes sociaisComando Vermelho já havia feito este tipo de ameaça em outras regiões | Foto: Reprodução/redes sociais
Comando Vermelho costuma ameaçar motoristas de outras empresas | Foto: Reprodução/redes sociais

As diligências contaram com o apoio de equipes da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), do Departamento-Geral de Polícia da Baixada (DGPB) e do Departamento-Geral de Polícia do Interior (DGPI).

A corporação destacou que a operação buscou “desmantelar a estrutura logística e financeira usada pelo Comando Vermelho para explorar economicamente os profissionais e controlar territorialmente a mobilidade urbana na região”. A Vila Kennedy, que recebeu status oficial de bairro há menos de dez anos, abriga cerca de 20 mil moradores, segundo a prefeitura.

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