A Polícia Militar do Distrito Federal fechou o acesso à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes na noite desta segunda-feira, 4, depois que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.
O bloqueio buscou impedir a aproximação de manifestantes que haviam convocado um buzinaço em protesto à decisão do STF. Policiais montaram barreiras nas imediações das sedes dos Três Poderes.
+ Leia mais notícias de Política em Oeste
Logo depois do bloqueio, apoiadores do ex-presidente seguiram em carreata de motos e carros pela capital federal. Eles gritavam palavras de ordem contra Moraes, como “Fora, Xandão”, e dirigiram até o condomínio onde Bolsonaro mora, no Jardim Botânico.
Por volta das 23 horas, os manifestantes chegaram ao local. Lá, cantaram o Hino Nacional, rezaram e levantaram bandeiras do Brasil. Também gritaram frases como “O Brasil vai parar” e “Supremo é o povo”.
+ Leia também: “Manifestantes fazem buzinaço em Brasília contra prisão de Bolsonaro”
No final de julho, Moraes já havia determinado a retirada do deputado Hélio Lopes (PL-RJ) de um acampamento montado na Praça dos Três Poderes. O parlamentar havia iniciado uma “greve de silêncio” em protesto.
Na sequência, o ministro complementou a decisão e vetou a instalação de acampamentos num raio de um quilômetro dos principais pontos do centro político de Brasília. O objetivo, segundo ele, é evitar episódios semelhantes aos atos do 8 de janeiro.
Zé Trovão sai em defesa de Bolsonaro e acusa Moraes de abuso de autoridade
O deputado Zé Trovão (PL-SC), que participou da manifestação, criticou duramente a decisão do ministro, “que passou de todos os limites”.

