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Polícia prende suspeitos de aplicar golpe com falsas prostitutas

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta sexta-feira, 13, duas pessoas envolvidas em um esquema de extorsão que usava falsas garotas de programa para atrair vítimas. A ação foi da 17ª DP, do bairro de São Cristóvão, zona norte da capital fluminense. 

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Ryan Carlos Reis Lima e Sarah Santos Borges foram presos, enquanto Rayene Carla Reis Lima está foragida da Justiça. A estratégia dos golpistas era conversar com os alvos, pedir fotos íntimas e dados pessoais para, no dia seguinte, passarem-se por milicianos e cobrar pelo suposto programa da noite anterior, ameaçando as vítimas de morte.

Polícia prende suspeitos de extorquir mais de 30 pessoas em golpe com falsa prostitutaPolícia prende suspeitos de extorquir mais de 30 pessoas em golpe com falsa prostituta
Sarah Santos Borges foi presa na sexta-feira 13 | Foto: Reprodução/g1

Pelo menos 30 pessoas sofreram o golpe, de acordo com as investigações. “Se eu chegar na sua casa não tem conversa”; “te dei a chance de resolver”; “quer brincar com miliciano”; e “se não tiver com o valor vamos te matar” eram algumas mensagens enviadas pelos criminosos aos alvos, obtidas pela Rede Globo.

Os suspeitos pediam entre R$ 600 e R$ 3,5 mil para não expor os alvos nas redes sociais.

A dinâmica do golpe

De acordo com a Polícia Civil, o golpe tinha duas etapas. Primeiro, uma mulher se apresentava como garota de programa e puxava assunto com os alvos do bando. Quando ela conseguia atrair um suposto “cliente”, começava a conversar com ele por aplicativo. 

Polícia prende suspeitos de extorquir mais de 30 pessoas em golpe no RJPolícia prende suspeitos de extorquir mais de 30 pessoas em golpe no RJ
Ryan Carlos Reis Lima foi preso em flagrante, com um revólver 38, enquanto Rayene Carla Reis Lima está foragida | Foto: Reprodução/g1

Conforme a conversa avançava, a mulher pedia para os “clientes” mandarem fotos explícitas. Depois de um tempo, a interação terminava, sem que houvesse nenhum contato pessoal entre a integrante do grupo criminoso e o alvo do golpe.

No dia seguinte, uma outra pessoa começava a segunda etapa, composta de pesquisa e extorsão. De acordo com a apuração do g1, o grupo reunia o maior volume possível de informações, como dados pessoais do alvo e de parentes, assim como o endereço do “cliente”.

Então, os golpistas entravam em contato com a pessoa, passando-se por milicianos. Em conversas interceptadas pela Polícia Civil, o criminoso dizia para a pessoa que ele tinha deixado de comparecer em um suposto programa com a mulher com a qual havia conversado na noite anterior. 

Agentes da DP de São Cristóvão (RJ) prenderam suspeitos de aplicar golpes com falsas prostitutasAgentes da DP de São Cristóvão (RJ) prenderam suspeitos de aplicar golpes com falsas prostitutas
Delegacia de São Cristóvão | Foto: Reprodução/Polícia Civil do Rio de Janeiro

Nas mensagens obtidas pela Rede Globo, os golpistas diziam que o “cliente” teria de pagar pelo falso programa e mais uma taxa por ter feito a falsa prostituta perder outro cliente. A extorsão seguia com ameaças de exposição das fotos da pessoa em redes sociais ou para filhos e esposas, além de mostrar que eles sabiam de dados como endereço, nome completo e CPF.

Os investigadores da 17ª DP estão reunindo os registros feitos sobre crimes como esse para contabilizar o número total de vítimas do bando. Até o momento, são 31 registros de ocorrência contra o grupo que aplicava o golpe do falso programa.

Segundo a delegada Márcia Beck, responsável pela investigação, o número de alvos deve ser bem maior do que o dado oficial, visto que as pessoas têm vergonha de denunciar a extorsão pela natureza do crime.

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