
Há pouco mais de 98 anos, em 24 de outubro de 1927, Ponta Grossa também foi atingida por um tornado –
Ao longo dos anos, Ponta Grossa foi atingida por diferentes eventos climáticos e meteorológicos distintos. Em termos de desastres climáticos, o que mais acontece em Ponta Grossa são os vendavais, segundo a professora Karin Linete Hornes, do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). “Depois, temos chuvas de granizo, que acabam afetando o ponta-grossense. Então são fenômenos que a gente precisa saber que existem e nós precisamos estar planejados e preparados para esse tipo de situação, que é comum”, completa.
Ponta Grossa tem mais de 1,6 mil pessoas morando em 11 áreas de risco
Levando em consideração o tornado de classificação F3 da escala Fujita, que atingiu Rio Bonito do Iguaçu, a professora afirma que Ponta Grossa não possui estrutura para se proteger de ventos com tal força – mais de 250 km/h. “Precisamos pensar sobre essa questão, pois o desastre natural que mais ocorre em Ponta Grossa são vendavais. Os prédios públicos devem ser pensados para resistir a este tipo de evento. Para servirem a população neste momento”, diz.
Em sua fala, Karin cita alguns tornados registrados no município. “Tivemos o tornado de 1927, outro em 2016, que atingiu a região do Contorno, além de outros registros em regiões próximas e ao entorno da cidade”, acrescenta.
HISTÓRIA – Há pouco mais de 98 anos, em 24 de outubro de 1927, Ponta Grossa também foi atingida por um fenômeno parecido. O município registrou a passagem de um tornado, com ventos que ultrapassaram os 100 km/h. Na ocasião, casas e imóveis foram destruídos. Ao menos oito pessoas foram hospitalizadas e houve registos de três mortes. A antiga prefeitura foi usada como pronto-socorro improvisado para atender os feridos.
Já em 2015, a Defesa Civil relembra as fortes chuvas que acabaram causando enchentes e alagamentos no município. Em situação semelhante, em 2023, uma chuva de granizo afetou mais de 4 mil imóveis, atingindo cerca de 22,2 mil pessoas, deixando 160 desalojadas e sete desabrigadas.
ATUAÇÃO EMERGENCIAL – Em situações de eventos climáticos severos, como casos citados acima, o município segue o Plano Municipal de Contingência de Proteção e Defesa Civil, que prevê:
– Ativação imediata da Defesa Civil Municipal, com apoio da Guarda Civil, SMSP, SMMA e Assistência Social;
– Resgate e acolhimento da população atingida, com abrigos temporários e suporte psicossocial;
– Monitoramento climático e alertas preventivos em parceria com o Simepar, Corpo de Bombeiros e projeto-piloto da Prefeitura Municipal;
– Comunicação integrada entre órgãos municipais e estaduais, garantindo resposta rápida e eficaz.
– Também recomendado acionar equipes para atendimento através dos contatos:
– Defesa Civil de Ponta Grossa – (42) 3220-1030
– Corpo de Bombeiros – 193
– Atualizações Defesa Civil Estadual – SMS para 40199
AÇÕES – A secretária de Meio Ambiente, Carla Kritski, destaca que o conjunto de ações reflete, para além da prevenção contra eventos adversos, um compromisso com o futuro sustentável. “Com planejamento, ciência e gestão integrada, Ponta Grossa avança na construção de uma cidade mais segura, verde e sustentável, alinhada às Política Nacionais e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especialmente no ODS 11 (Cidades Sustentáveis), ODS 12 (Consumo e Produção Responsáveis) e ODS 13 (Ação Climática)”, explica a secretária.
“Essas ações reafirmam o compromisso da Prefeitura de Ponta Grossa em proteger vidas, reduzir vulnerabilidades e promover uma transição ambiental sólida, onde o desenvolvimento urbano e a sustentabilidade caminham lado a lado”, acredita a gestora.
Para a prefeita Elizabeth Schmidt, Ponta Grossa vem consolidando um conjunto de políticas públicas inovadoras voltadas à resiliência urbana e adaptação às mudanças climáticas, incorporando instrumentos técnicos, legais e práticos que fortalecem a capacidade e rapidez de resposta da cidade. “São iniciativas que já ocorreram e outras que estamos planejando para garantir a segurança climática de Ponta Grossa para os próximos 100 anos. Já aprendemos muito com os eventos que ocorreram em nossa cidade e a cada dia nos preparamos mais para o que pode acontecer”, finaliza.
A partir disso é possível notar que Ponta Grossa, apesar de não ter estrutura física para suportar grandes desastres, possui um plano elaborado e concreto para atender da melhor maneira e auxiliar a população atingida. Além disso, com projetos futuros para o meio ambiente, a cidade tende a diminuir os riscos de mudanças climáticas afetarem a população, mitigando, também, o risco de fenômenos meteorológicos que possam acarretar destruições no município.


