Depois da participação no Mundial de Clubes da Fifa, o Palmeiras viu algumas de suas peças se valorizarem no mercado internacional, caso, por exemplo, do meio-campista Richard Ríos. Um dos pilares do time de Abel Ferreira, o colombiano desperta o interesse de diversas equipes de fora do Brasil, principalmente da Europa.

Na última quarta-feira (9), a Gazzetta Dello Sport, da Itália, trouxe a informação de que a Roma estava de olho em Ríos e poderia fazer uma oferta equivalente a R$ 195 milhões, 30 milhões de euros, incluindo bônus. A cifra é 2250% maior do que o Palmeiras pagou para ter o colombiano, em meados de 2023.

Naquela época, o colombiano defendia o Guarani e chamou a atenção do Verdão depois de um empate por 0 a 0 entre os dois times, pelo Campeonato Paulista.

Pouco depois, em março daquele ano, Ríos foi anunciado pelo Palmeiras, que desembolsou R$ 6 milhões, hoje R$ 6,7 milhões, de acordo com os valores corrigidos, por 60% dos direitos econômicos do jogador. Em janeiro de 2024, o Verdão comprou mais 10% do atleta por R$ 1,5 milhão na época, hoje R$ 1,6 milhão. Somado, o time paulista gastou o equivalente R$ 8,3 milhões pelo colombiano.

Mas, apesar dos valores que possivelmente a Roma venha apresentar por Ríos, o Palmeiras não demonstra muita empolgação em vendê-lo. A ESPN antecipou há algumas semanas que o time alviverde possui “interesse zero” em negociar o atleta da seleção da Colômbia.

Ríos é visto internamente como um nome imprescindível do elenco, contando com plena confiança do técnico Abel Ferreira. Por isso, a intenção é segurá-lo o máximo possível.

A divisão dos direitos econômicos, com o Palmeiras sendo detentor de apenas 70% de Ríos, também influencia, e apenas uma oferta considerável “irrecusável” mudaria esse cenário.

Para considerar a saída do colombiano, o clube entende que deveria receber na casa de 30 milhões de euros por sua “fatia”, o que representaria uma oferta acima de 40 milhões de euros. O restante dos direitos de Ríos pertencem ao próprio atleta e ao Guarani.

No caso da possível oferta da Roma, por exemplo, dos 30 milhões de euros, o Palmeiras ficaria com 21 milhões de euros (R$ 136 milhões na cotação atual). O valor não seduz a equipe alviverde.

Na última temporada, a presidente Leila Pereira chegou a assegurar à ESPN que Ríos só deixaria o Palmeiras caso algum clube pagasse o valor de sua multa rescisória para o exterior, 100 milhões de euros (R$ 611,17 milhões).

Em agosto de 2024, por exemplo, a reportagem informou que o time paulista recusou uma proposta do Fenerbahce, da Turquia, que ofereceu 23 milhões de euros pelo volante.

É claro que a chance de Ríos de fato ser vendido apenas pela multa é baixa, mas o Palmeiras entende não haver qualquer pressão por um negócio, também por seu momento financeiro.

Em 2025, impulsionado pela venda de Vitor Reis ao Manchester City por cerca de R$ 220 milhões, o clube ganhou fôlego em seu fluxo de caixa e conseguiu reinvestir mais alto no mercado. Com o Mundial, ainda haverá bom crescimento no faturamento com a premiação paga pela Fifa, o que faz com que o Palmeiras tenha muita cautela com qualquer oferta por seus jogadores.

Prestigiado, Ríos tem contrato com o Palmeiras até o final de 2028, e não é exagero dizer que só muito dinheiro fará com que ele não cumpra o vínculo neste momento.