A conselheira da área de Turismo do Grupo aRede, Karen Kobilarz, acredita que a instalação de um Porto Seco, em Ponta Grossa, pode beneficiar, indiretamente, o turismo de toda a região dos Campos Gerais – leia a proposta clicando aqui. Entretanto, ela destaca que a instalação precisa ser planejada e integrada, para quem novos problemas não se desenvolvam no Município.
Confira abaixo a opinião na íntegra da Karen, bacharel em Turismo, especialista em políticas públicas e gestão empresarial, consultora do Sebrae e Senar PR, além de gestora executiva da Adetur Campos Gerais:
“A instalação de um Porto Seco em Ponta Grossa tem grande potencial de transformar a cidade e região: pode reforçar a competitividade industrial, aumentar arrecadação, atrair investimentos, melhorar a infraestrutura urbana e logística, e indiretamente favorecer o turismo.
Embora o Porto Seco não seja diretamente uma atração turística, seus efeitos podem beneficiar o turismo, especialmente o de negócios e eventos.
Dentre os benefícios se destacam:
– Geração de emprego: além dos empregos diretos do Porto Seco, haverá efeitos multiplicadores nos setores de transporte, armazenagem, hotelaria, comércio, alimentação. Isso pode aumentar o número de empregos turísticos e de serviço em algo proporcional ao crescimento de visitantes;
– Receita de hospedagem/alimentação/transporte: se a ocupação subir, hotéis e pousadas terão mais faturamento. Por exemplo, um aumento de ocupação de 5‑10 pontos percentuais sobre uma base de 60% já representa bastante acréscimo de receita;
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Assista à fala da conselheira de Turismo | Autor: Colaboração.
– Eventos e turismo de negócios: Porto Seco pode atrair empresas, conferências, logística de feiras, etc. Estes eventos geram pernoites, uso de serviços turísticos mais sofisticados, transporte, alimentação diferenciada;
– Crescimento de visitação de atrativos naturais e culturais: possibilidade de combinar turismo de negócios com turismo cultural e natural em Ponta Grossa, aproveitando sua vocação: parques naturais, patrimônio histórico, eventos.
Por outro lado, sem planejamento adequado, há riscos de impacto ambiental, pressão sobre serviços públicos, e possível degradação de atrativos turísticos se o crescimento for desordenado. Se houver concentração de áreas industriais/logísticas e degradação visual ou ambiental, isso pode afetar negativamente o apelo turístico (natureza, paisagem, qualidade de vida para visitantes). Congestionamentos ou trânsito pesado podem atrapalhar o acesso turístico se não for bem planejado.
Deste modo, é necessário adotar estratégias para aproveitar o Porto Seco como elemento de atração para turismo de negócios e eventos; promover parcerias em feiras, logística e exportação; destacar Ponta Grossa como cidade logística e turística.
Assim, o Porto Seco em Ponta Grossa pode impulsionar o turismo ao fortalecer a infraestrutura logística, facilitando o transporte de mercadorias e melhorando o acesso à região. Isso atrai investimentos, aumenta a visibilidade da cidade e estimula o setor de serviços. Porém, sua implantação requer planejamento integrado, melhorias viárias, qualificação da mão de obra e promoção do destino turístico para aproveitar ao máximo os benefícios econômicos e logísticos esperados“.
CONSELHO DA COMUNIDADE – Composto por lideranças representativas da sociedade, não ocupantes de cargo eletivo, totalizando 14 membros, a iniciativa tem o objetivo de debater, discutir e opinar sobre pautas e temas de relevância local e regional, que impactam na vida dos cidadãos, levantados semanalmente pelo Portal aRede e pelo Jornal da Manhã, com a divulgação em formato de vídeo e/ou artigo.
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