COM ASSESSORIAS – A Associação dos Municípios dos Campos Gerais (AMCG) estará em Brasília nesta terça-feira (9) para uma reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro, marcado para as 16h, terá como pauta principal os impactos da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, medida que já vem afetando diretamente a economia e a população dos Campos Gerais.
Busca por soluções
A presidente da AMCG e prefeita de Imbaú, Dayane Sovinski, ressaltou a gravidade do momento e a importância da mobilização regional. “É uma oportunidade em que poderemos buscar soluções para estancar esse caos que municípios como Jaguariaíva, Telêmaco Borba, Imbaú e tantos outros vêm enfrentando por conta do tarifaço, a exemplo da situação observada na empresa BrasPine, que possui muitos funcionários na região. Teremos uma ampla participação de prefeitos e prefeitas dos Campos Gerais. Vamos colocar em pauta, junto ao Governo Federal, os impactos que estão ocorrendo nas nossas cidades e, assim, tentar minimizar essa situação”, afirmou Dayane.
Mobilização regional
O prefeito de Jaguariaíva, Juca Sloboda, destacou os reflexos diretos nas indústrias e na economia local. “Será uma reunião importantíssima em Brasília, junto ao vice-presidente Geraldo Alckmin, onde vamos expor a realidade dos nossos municípios diante dessa tarifa. Colocaremos em pauta os números que refletem esse impacto, principalmente na área da madeira. Temos muitas pessoas perdendo emprego, municípios sofrendo com queda de arrecadação e diminuição da atividade econômica nos comércios das cidades. É nosso dever defender os interesses do nosso povo, da nossa região e também do setor produtivo do nosso país”, disse Juca.
Diálogo com o Governo Federal
Rita Araújo, prefeita de Telêmaco Borba, reforçou a necessidade de respostas rápidas do Governo Federal para o setor madeireiro, um dos mais atingidos pelo tarifaço. “Esse encontro será fundamental para tratarmos do tarifaço e das políticas públicas necessárias diante da atual situação que o Brasil atravessa. Com diálogo e união, buscamos soluções que fortaleçam nossas cidades e garantam qualidade de vida para a nossa população. Precisamos de uma resposta do Governo Federal, algum apoio, complemento ou política específica para o setor madeireiro, que está sendo muito prejudicado pela situação em que o Brasil se encontra”, destacou Rita.
Elizabeth Schmidt, prefeita de Ponta Grossa, argumentou sobre as consequências da medida para a economia dos Campos Gerais. “Essa mobilização regional é fundamental para que possamos apresentar de forma unificada os impactos das tarifas em nossos municípios. Em Ponta Grossa, acompanhamos de perto o efeito dessa política sobre empregos e sobre a economia local, e reforçamos a necessidade de medidas que preservem nossa indústria e nossa arrecadação. Diante disso, torna-se imperativo reforçar junto ao Governo Federal a necessidade de abertura de negociações”, afirmou.
O prefeito de Ventania, Zélio Bittencourt, também se posicionou sobre os impactos já sentidos no município. “Temos uma indústria madeireira na nossa cidade que trabalha diretamente com exportações, em grande parte para os EUA. É uma das empresas da região que já está sofrendo com os impactos do tarifaço. Nesta reunião, vamos levar os dados diretamente ao Governo Federal e tentar encontrar as melhores saídas”, apontou.
O prefeito de Arapoti, Irani Barros, destacou a mobilização coletiva das cidades. “Trabalhar em equipe sempre faz a diferença, em especial nesta situação tão preocupante. Além da pauta da madeira, também vamos abordar a questão do mel, cuja produção é muito forte no nosso município. Uma grande parte da exportação é feita para os EUA, então essa questão do tarifaço é algo que também está preocupando os nossos apicultores”, afirmou.
União regional pela defesa das cidades
Elisangela Pedroso, prefeita de Carambeí, falou sobre a importância da mobilização. “É uma questão muito preocupante, em que os municípios precisam se mobilizar de forma conjunta. Algumas cidades podem ainda não estar sofrendo o impacto direto neste momento, mas é uma situação que pode se agravar para todos futuramente. É importante que todos os gestores corram atrás para buscar esse apoio do Governo Federal, a fim de reduzir os impactos”, destacou.
O prefeito de Piraí do Sul, Henrique Carneiro, também estará presente em Brasília. “Já sentimos reflexos diretos na economia, com empresas de grande porte realizando demissões, o que reduz a arrecadação e coloca em risco a manutenção de serviços públicos, afetando diretamente a vida das famílias. Se nenhuma medida for adotada, a tendência é que a situação se agrave no próximo ano. Vamos levar a realidade dos Campos Gerais, dialogar e cobrar soluções que garantam melhores condições para nossos municípios avançarem e continuarem cuidando bem da sua população”, disse.
Orli de Cristo, prefeito de Ivaí, reforçou a necessidade de expor a situação dos municípios. “Será um momento muito importante de diálogo. As negociações com relação ao tarifaço cabem ao Governo Federal. Esperamos que essa reunião contribua para que sejam criadas estratégias para reduzir o impacto no país e, consequentemente, na nossa região”, argumentou.
Trabalho conjunto
A mobilização é mais um passo da AMCG para reforçar a união dos municípios diante de pautas estratégicas. A entidade já havia discutido os impactos da tarifa na última reunião ordinária, realizada em Ivaí. “Mais uma vez mostramos que a união é nossa maior força. Estamos trabalhando juntos em defesa das nossas cidades, da nossa economia e da nossa gente”, concluiu a presidente Dayane Sovinski.
Entre os gestores da AMCG confirmados para a reunião em Brasília estão Juca Sloboda (Jaguariaíva), Irani Barros (Arapoti), Gerson Nunes (Sengés), Henrique Carneiro (Piraí do Sul), Zélio Bittencourt (Ventania), Orli de Cristo (Ivaí), Altamir Sanson (Palmeira), Elisangela Pedroso (Carambeí), Dayane Sovinski (Imbaú), Mario Cezar (São João do Triunfo), Elizabeth Schmidt (Ponta Grossa) e Rita Araújo (Telêmaco Borba).