As ONGs que atuam no Teatro de Contêiner, localizado no centro da capital paulista, têm até esta quinta-feira, 21, para deixarem o local. O objetivo da Prefeitura de São Paulo é usar o terreno, que fica próximo do lugar onde se concentrava os usuários da cracolândia, para construir moradias para pessoas de baixa renda.

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Desde o ano passado, a administração do prefeito Ricardo Nunes (MDB) tem trabalhado para diminuir o número de usuários de drogas no centro da cidade. A concentração dos dependentes, considerada um problema crônico, tem diminuído consideravelmente desde o esvaziamento do fluxo, em maio deste ano.

ONGs são acusadas de incentivar o uso de drogas na cracolândia

As organizações que invadiram o Teatro de Contêiner, que pertence à Prefeitura de São Paulo, são acusadas de defender os usuários da cracolândia. A ordem de despejo não é de agora. O impasse entre a gestão municipal e o grupo, que conta com apoio de políticos de esquerda, como os deputados federais Guilherme Boulos (Psol) e Erika Hilton (Psol), se arrasta desde agosto de 2024.

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O prazo para o despejo gerou revolta em grupos que defendem a permanência da cracolândia. A Craco Resiste, entidade declaradamente a favor da legalização de todas as drogas, publicou nas redes sociais um vídeo de protestos com ataques dirigidos ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O grupo é conhecido por ostentar fotos com cachimbos de crack nas redes sociais. Uma das imagens mostra quatro pessoas segurando um objeto que representa o cachimbo. Na descrição está escrito: “Somos todxs usuários! A Craco resiste na luta antimanicomial”.

Militantes de esquerda afirmaram que não vão deixar o Teatro de Contêiner

No começo de abril, integrantes da ONG Coletivo Tem Sentimento invadiram a Câmara Municipal de São Paulo para defender a cracolândia. O grupo é declaradamente contra a presença de policiais na região.

Os militantes de esquerda que atuam no Teatro de Contêiner afirmaram nas redes sociais que não vão deixar o local, apesar da ordem de despejo.