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Presa na Itália, Zambelli faz greve de fome, afirma advogado

O advogado Fábio Pagnozzi afirmou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) começou uma greve de fome e está com a saúde debilitada. Ela está presa na Itália desde 29 de julho, em razão de um mandado expedido à Interpola pelo governo brasileiro, a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF).

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Na última quarta-feira, 13, ela passou mal durante antes de uma audiência no Tribunal de Apelação de Roma. Segundo o advogado, ela desmaiou e bateu a cabeça. O incidente obrigou as autoridades a adiarem a sessão judicial para 27 de agosto.

A defesa informou que Zambelli sofre de fibromialgia e depressão, condições agravadas pela greve de fome iniciada durante sua prisão. “Ela se sentiu muito fraca. Ela acabou fazendo greve de fome, enfim, então ela estava muito debilitada”, disse Pagnozzi, em entrevista á Jovem Pan.

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Sobre a audiência cancelada, ele disse participaria da sessão um representante “escolhido pelo governo brasileiro, um advogado, para que advogasse contra ou a favor da extradição da deputada para o Brasil”.

Nas redes sociais, o advogado disse que a deputada e seus familiares “vêm sendo alvo de uma perseguição covarde, desumana e absolutamente incompatível com os princípios e valores que norteiam a Constituição Federal”.

“O que se observa é um ataque sistemático, movido por motivações ideológicas, que afronta de maneira direta os direitos e garantias fundamentais assegurados a todo cidadão brasileiro. Essa conduta fere de morte o Estado Democrático de Direito e compromete a própria credibilidade das instituições que deveriam zelar pela imparcialidade e pela Justiça”, escreveu Pagnozzi.

Carla Zambelli está presa desde 29 de julho, depois de ser condenada no Brasil a dez anos de prisão por falsidade ideológica e invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O pedido de extradição brasileiro começou a ser avaliado em uma audiência inicial ocorrida em 1º de agosto, quando Zambelli alegou perseguição política e manifestou interesse em novo julgamento na Itália, onde possui dupla cidadania.

O processo de extradição está sob responsabilidade do juiz italiano Algo Morgigni. A defesa pretende apresentar o quadro clínico de Zambelli para tentar converter a prisão em domiciliar ou obter liberdade. Apesar do tratado bilateral permitir a extradição, integrantes do Judiciário avaliam que o procedimento pode durar de um ano e meio a dois anos.


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