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Presidente da Polônia desafia agenda liberal do primeiro-ministro

O cenário político da Polônia ganhou novo contorno nesta quarta-feira, 6, com a posse de Karol Nawrocki como presidente, em cerimônia realizada no Parlamento. O novo presidente é reconhecido como um político conservador.

O início do mandato sinaliza potenciais embates com o Executivo liderado pelo primeiro-ministro Donald Tusk, representante da ala liberal.

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A ascensão de Nawrocki indica um avanço do nacionalismo no governo, elevando as expectativas de tensões tanto no ambiente interno quanto nas relações com entidades europeias.

“Não à imigração ilegal, não ao euro, não a uma Polônia A e uma Polônia B”, afirmou Nawrocki em seu primeiro discurso.

Nawrocki também destacou que atuará como defensor de uma Polônia autônoma na União Europeia.

“Polônia não pode ser uma economia submissa aos nossos vizinhos ocidentais”, disse o novo presidente.

Nawrocki prometeu ser “a voz daqueles que desejam uma Polônia soberana, que esteja na União Europeia, mas uma Polônia que não seja a União Europeia, e sim Polônia, e que continue sendo Polônia”.

O novo presidente afirmou que irá monitorar de perto as propostas do governo de Tusk, solicitando informações detalhadas sobre os projetos do Executivo.

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Outro ponto de destaque no discurso foi a promessa de atuar no Judiciário, rejeitando a nomeação de juízes que, segundo ele, comprometeriam a ordem constitucional.

Nawrocki ainda criticou o atual ministro da Justiça, que também atua como procurador-geral, e acusou Tusk de tê-lo nomeado de forma ilegal.

O novo presidente, que tem formação em História e leciona na área, manifestou a intenção de valorizar conteúdos nacionais nas escolas públicas, promovendo “leituras polonesas, história polonesa” e limitando o avanço da “ideologia LGBT”.

Novo presidente da Polônia anuncia “conselho de reparação”

Com o objetivo de fortalecer sua agenda, o presidente anunciou a criação de um conselho para a Reparação do Sistema Estatal.

A equipe, segundo Nawrocki, será composta por colaboradores cujos nomes ainda serão divulgados. O presidente afirmou desejar a participação de representantes de diferentes correntes políticas e acadêmicas.

Leia também: “O tirano do Brasil”, reportagem de Cristyan Costa e Silvio Navarro publicada na Edição 280 da Revista Oeste

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