Conhecido por sua língua afiada, o presidente de LALIGA, Javier Tebas, partiu para o ataque contra PSG e Manchester City nesta quinta-feira (2).
Durante participação em evento, o dirigente exaltou o modelo de fair play financeiro adotado pela organização que rege o Campeonato Espanhol, com imposição de limites salariais e rígido controle de dinheiro que entra e sai de cada clube.
De acordo com Tebas, porém, outras ligas não são tão severas quanto à aplicação de regras financeiras, o que faz times como Paris e City, que são controlados com dinheiro “infinito” do Oriente Médio, terem grande vantagem na hora de montar elencos poderosos.
O chefão de LALIGA, inclusive, subiu o tom e chamou a gestão das duas equipes de “trapaça”.
“O futebol é global, e, nas competições europeias, os times da Espanha têm que enfrentam clubes que vivem outro sistema, sem qualquer controle econômico”, iniciou.
“Na Inglaterra, já estão preocupados com o nível de endividamento dos clubes. É uma competição onde constantemente há déficits. Vocês pode ter déficits por um, dois, três anos, mas não por cinco, seis, sete, oito, nove ou 10, como o Manchester City, que vai apresentando déficits e fazendo trapaças desde que foi comprado pelos novos donos”, disparou.
“Ou também o PSG, que teve déficits de 200 milhões de euros durante sete anos consecutivos. Mesmo com tudo isso, os times da Espanha conseguem competir contra eles. Levamos 30 títulos europeus de vantagem contra a Premier League neste século”, completou.
Tebas ainda exaltou o papel de LALIGA em realizar a venda centralizada de direitos de transmissão de TV, tendo controle da distribuição do dinheiro dos clubes, com uma parte tendo que ser usada obrigatoriamente para pagamento de dívidas.
“Quando começou a venda centralizada (de direitos) […] conseguimos começar a fazer um plano de reestruturação de dívidas. Se não tivesse isso, o dinheiro teria ido para compra de jogadores, para Ferraris, Porches e iates, e não para amortizar dívidas públicas”, bradou.